15 dez 2017 | 21:04:04

New In Town: o turfe brasileiro posto à prova

Mais do que a sétima vitória verde e amarela no GP Carlos Pellegrini, corredor do Haras Regina representa o PSI brasileiro, da atualidade, na maior vitrine do turfe sul americano.


New In Town: esperança brasileira em Buenos Aires

Imagem: Sylvio Rondinelli/Divulgação JCB

Amanhã (16), em Buenos Aires, treze animais alinharão para a versão 2017 do Gran Premio Carlos Pellegrini (gr.I). A presença, dentre os inscritos, de New In Town, se recobre de importância, não apenas porque o Brasil namora sua sétima vitória no histórico da competição: há tempos no posto – isolado – de corrida mais cobiçada da América do Sul, o Pellegrini representa um teste e tanto para mostrar “a quantas anda”, atualmente, o PSI criado no Brasil.

Pertencente à mesma letra N criada pelo Haras Doce Vale da qual faz parte a tríplice coroada No Regrets, New In Town estreou aos 3 anos. Agora, aos 4 anos completos, conta com 11 apresentações – numa média, portanto, de 5,5 atuações por ano hípico. A campanha enxuta, contudo, mostra-se mais do que suficiente para evidenciar as qualidades do defensor do Haras Regina. Quando já estava recebendo a pecha de animal sem muita sorte, que costuma atrair maus percursos e por isso deixa de vencer, New In Town conquistou duas vitórias facílimas na primeira turma de fundistas da Gávea. Daí, portanto, que se vislumbra o tamanho da importância de sua aparição no desafio de amanhã: um laboratório para o próprio nível técnico das corridas brasileiras na atualidade.

Além a capacidade locomotora do cavalo Brasileiro, questões genéticas também circundam a corrida de New In Town. Filho do nacional e precocemente desaparecido Fluke, New In Town pode servir de lição sobre o plexo de oportunidades relacionadas à utilização do – bom – reprodutor brasileiro.

Vencedor no ano passado, Sixties Song aventurou-se – sem sucesso – em Ascot, no primeiro semestre, e retornou com um apagado sexto lugar no GP Dardo Rocha (gr.I), vencido, na areia, por Calcolatore – que também correrá o Pellegrini. O retorno à pista de grama somado ao maior aguerrimento desta feita poderá fazer com que Sixties Song repita Storm Mayor – o último a vencer o Pellegrini por duas vezes, entre 2005 e 2006.

Ao que tudo indica, porém, a preferência dos apostadores deverá apontar, não para o atual ganhador, mas sim para os potros de 3 anos presentes ao lote. The Great Day venceu a Polla de Potrillos (gr.I) e em seguida perdeu, por focinho, para Village King, o GP Jockey Club (gr.I), em outubro. Ambos abdicaram do Derby – vencido pelo, desta feita ausente, Roman Rosso – e vêm direto para o mais importante desafios de suas campanhas, até aqui.

Facílimo ganhador da preparatória da Copa de Oro (gr.I), Puerto Escondido é outro que, certamente, contará com o prestígio dos burreros. Além dele, e dos demais citados, também aparecem inscritos Marcus Aurelius, Don Inc, Hat Valiente, Wild Stream, Global Big, Forty One e Conwy.

O Gran Premio Carlos Pellegrini será transmitido, ao vivo, pela TV Turfe do Jockey Club Brasileiro/PMU às 20h25, no horário de Brasília.

Mais notícias

Enable reina soberana no King George VI & Queen Elizabeth Stakes (gr.I)

Debaixo de chuva, a grande égua do turfe europeu derrotou os machos no hipódromo de Ascot.

Curitiba: Kopenhagen levanta a Pegasus Brasil

Potro do Haras Springfield resistiu a Domaine Carrillon, em final de emoção.

Taksim e Ricardinho, perfeitos no GP Francisco Eduardo de Paula Machado (gr.I)

Vencedor pertence a Carlos dos Santos.