17 jan 2018 | 17:44:52

Black Cello expande possibilidades da fantástica Quanto Carina

Após estreia auspiciosa na Gávea, potro do Stud B L surge como candidato a ratificar a condição de Quanto Carina como uma das melhores matrizes da criação brasileira, em todos os tempos.


Black Cello: estreia promissora

Imagem: Sylvio Rondinelli/Divulgação JCB

"Quem sai aos seus não degenera". Fazendo uso do ditado popular, o locutor do Jockey Club Brasileiro, Thiago Guedes encerrou a narração do quarto páreo, do último domingo, no Jockey Club Brasileiro. Nele, pela primeira vez, machos da geração 2015 estiveram em ação na pista da Gávea. Ao mesmo, todavia, se esteve diante de uma espécie de repetição. Fazendo jus à mencionada locução, Black Cello – de propriedade do Stud B L – reviveu o brilho recente de seus irmãos e voltou a colocar em destaque o nome da reprodutora Quanto Carina.

Nascida em 2003, Quanto Carina pertence à mesma geração dos ganhadores de G1 – atualmente reprodutores – Quick Road e Quatro Mares, todos criados pelo Haras Santa Maria de Araras (também criador de Black Cello). Filha de Wild Event na argentina, Shanty (Southern Halo), Quanto Carina venceu quando da sua única exibição, na Gávea, aos 2 anos.

Na primeira cria, originou Arrive In Style (2009, por Northern Afleet), que não chegou a correr. O primeiro descendente que debutou, efetivamente, foi Baccelo (2010, por Northern Afleet), vencedor de G1 no Brasil e de prova de G3 nos Estados Unidos. Na geração seguinte, Quanto Carina revelou o múltiplo ganhador graduado, entre as pistas de grama e areia, Carrocel Encantado (2011, por Elusive Quality). Na letra “D”, outro elemento vencedor de G1: Dolemite (2012, por Adriano), primeira colocada no GP Henrique Possolo (gr.I). Escrittora (2013, por Put It Back), muito embora não tendo conquistado vitória clássica, obteve colocação em grupo III. Irmão próprio desta, Flight Tme (2014) competiu, até o momento, por 3 vezes na Gávea, vencendo em todas – incluindo o GP Frederico Lundgren (gr.III). Black Cello, por fim, representa o sexto animal corrido da produção de Quanto Carina.

Quanto Carina pode, assim, se tornar a primeira matriz a contar com 5 ganhadores individuais de grupo, no Brasil. Conforme levantamento publicado no blog Albatrozusa.blogspot.com, em setembro do ano passado, até aqui 7 reprodutoras conseguiram alcançar a marca de 4 vencedores individuais de grupo, cada: Exarque (mãe de Vada, Adoçada, Best Show e Zembro), Gas Mask (mãe de Quip Mask, Slew In Mask, On The Top e Never Be Bad), Salineta (mãe de Hull, Head Figlia, Her Professor e Pacelli), Hospitaleira (mãe de Mural, Quinze Quilates, Lonely e Only Smiles), Ocasião (mãe de Cisplatine, Deep Blue, Indian Chris e Aniuk), Sociedad (mãe de Casita Queen, Imperatriz Rafaela, Gary Stevens e Frascatti), Laura Ricci (mãe de Tick Tock, Billion Dollar, Calêndula e Double Care) e Uff-Uff (mãe de Fluke, Gugu Dada, Hunka Hunka e I Scream). A lista baseia-se no período compreendido a partir de 1974, quando houve a instituição de provas graduadas no Brasil. Na hipótese de abrangência anterior, ao grupo de reprodutoras se juntaria, ainda, a icônica Risota, com 3 vencedores de grupo propriamente ditos (Hello Riso, Nossa Joia e Rabat) e Drambuia, que venceu o GP Barão de Piracicaba em 1970 – não disputado, portanto, sob a égide de prova graduada.

Treinado por Venâncio Nahid e conduzido por Victoria Mota, Black Cello assinalou 57.22 para os 1.000 metros, na pista de grama, derrotando Inforcer (Shanghai Bobby) por 5 corpos.

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