Com a retomada de exportações para a Europa, equideocultura brasileira dá passo importante
Notícia foi repercutida por meio de nota conjunta pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Notícia repercutida, com intensidade, em diversos nichos da equideocultura nacional, a retomada das exportações de equinos vivos para a Europa representa trunfo dos mais importantes da "indústria" do cavalo, frente a mercados e oportunidades negociais, que, desde o fechamento fronteiriço, decorrente, dentre outros problemas, do mormo, tornaram-se inacessíveis aos atores da atividade, no Brasil.
O pronunciamento oficial deu-se por meio de uma nota conjunta, divulgada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Ministério das Relações Exteriores (CLIQUE AQUI para acessá-la).
Por ora, as exportações para a Europa restringem-se aos estados do Rio de Janeiro e do Paraná. As autoridades, engajadas nessa agenda, estudam meios de viabilizar, agora, outras rotas de exportação.
Para a comunidade turfística nacional, a boa nova representa, dentre outras perspectivas, passo importante para se retomar, no futuro, um dos projetos de maior sucesso já encampados, no turfe do país: as "caravanas" para Dubai, que marcaram época, no início dos anos 2000.
"Para podermos voltar a exportar para Dubai, ainda faltam ajustes. Precisamos trabalhar em outra agenda. Ainda assim, o primeiro passo foi dado, que seria a possibilidade de exportarmos para a Europa, até porque, rumo a Dubai, os animais passam por ali. Esse foi um excelente passo dado, mas, ainda, temos obstáculos para atravessar (quanto a Dubai), inclusive sob o ponto de vista logístico, quanto a voos e aeroportos, por exemplo", explicou Fabrício Buffolo, Vice-Presidente de Relações Internacionais da ABCPCC e Presidente da Câmara Setorial de Equideocultura.
Há cerca de 20 anos, animais treinados no Brasil passavam a ser enviados, para Dubai, a fim de competirem no Dubai International Racing Carnival, o meeting, que, naquele país, precede o festival da Dubai World Cup. A partir do sucesso demonstrado em corridas por lá disputadas - incluindo provas do calendário clássico local -, houve a negociação de diversos PSI brasileiros, sem prejuízo da exposição positiva do cavalo nacional, resultante das conquistas obtidas, em pista.
Em virtude de bloqueios sanitários, a Europa deixou de ser um destino possível, para a exportação (temporária ou definitiva) de equinos brasileiros, também há cerca de duas décadas. A medida veio a ceifar diversas oportunidades negociais daquele que é o quarto país do mundo, em número de cabeças de equinos: 5,5 milhões, ficando atrás, apenas, de China, México e Estados Unidos.