25 mar 2025 | 16:27:22

Corridas britânicas passarão a testar doping genético

Decisão da British Horseracing Authority representa marco para a atividade, na pauta do controle antidoping.


Berço do turfe moderno, a Inglaterra passará a realizar exames passíveis de detectar doping genético.

Imagem: BHA

A British Horseracing Authority (BHA) anunciou a implementação imediata de testes para detectar doping genético, em seu programa antidoping. A informação foi divulgada pelo website da Blood Horse.

A decisão vem após um investimento de quase £ 2 milhões (aproximadamente US$ 2,6 milhões), realizado no laboratório LGC, em Fordham, Cambridgeshire, para o desenvolvimento de técnicas de monitoramento e detecção de manipulação genética. Segundo Brant Dunshea, CEO interino e diretor regulatório da BHA, não há indícios de que o doping genético tenha ocorrido nas corridas britânicas, mas é essencial se antecipar a essa ameaça.

“Esse avanço reforça nosso compromisso com o bem-estar animal, com a preservação da raça Puro-Sangue Inglês e com a integridade das corridas”, afirmou Dunshea. O executivo destacou que, embora existam registros internacionais de manipulação genética em esportes equestres, ainda não há evidências do fato, seja nas corridas britânica, seja em outras jurisdições internacionais. No entanto, os avanços científicos tornam essa prática uma ameaça real ao turfe.

A preocupação com manipulações genéticas no esporte já existe há quase uma década. Desde 2016, a Federação Internacional de Autoridades Hípicas (IFHA) mantém um subcomitê voltado ao controle do doping genético. Em 2025, a Dra. Natasha Hamilton, representante da Racing Australia na IFHA, abordou o tema na Asian Racing Conference, no Japão, destacando tanto os riscos da possibilidade do doping genético, quanto os avanços na detecção dessa prática.

No âmbito da entidade autoridade do turfe britânico, o desenvolvimento dos novos testes foi liderado pelo Dr. Edward Ryder, que atua no LGC e é membro do subcomitê da IFHA. De acordo com Dr. James Scarth, diretor do laboratório de testes esportivos do LGC, a tecnologia permitirá a realização de exames de rotina para identificar a presença de transgenes e seus vetores de entrega em amostras equinas.

“Esses métodos foram projetados para serem flexíveis, permitindo a adaptação a novas ameaças à medida que surgem”, explicou Scarth. Ele também destacou a colaboração com outros laboratórios e autoridades hípicas ao redor do mundo, o que resultou no estabelecimento de diretrizes internacionais para análise de doping genético.

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