Considerada, por muitos, como a principal potência emergente, além do eixo Estados Unidos e Europa, a criação australiana, não de hoje, chama atenção, de turfistas do mundo todo. Além da popularidade do turfe no país e a pujança das apostas, a Austrália galgou sucesso na indústria do PSI à base do seu mais importante elemento: o cavalo.

Em que pese a difundida consciência quanto à necessidade de se aproveitar os animais criados no próprio país, a fim de servir como reprodutores, os australianos não param de receber reforços capazes de potencializar, ainda mais, a genética local. Em 2018, a Coolmore, que mantém uma base na Austrália, enviará 3 de suas principais promessas na reprodução, para as terras da Oceania. Com Caravaggio, Churchill e Highland Reel, criadores de diferentes predileções disporão de pedigrees requintados – e campanhas de realce – com a etiqueta da gigante irlandesa.

Norte-americano, o tordilho negro Caravaggio (2014) foi adquirido ainda yearling pela Coolmore, sendo enviado, em seguida, para a Irlanda. Sua aquisição seguiu-se de muitas outras investidas da operação de Susan Magnier, Michael Tabor e Derrick Smith junto a produtos de Scat Daddy (Johannesburg). Desaparecido em 2015, Scat Daddy – que serviu na Ashford Stud, base norte-americana da Coolmore – revelou-se reprodutor de resultados eximimos, vislumbrados entre Estados Unidos, Europa e também no Chile – onde serviu, com enorme sucesso, entre 2009 e 2011.

Filho da matriz Mekko Hotke (Holy Bull), Caravaggio viria a se firmar como velocista de grandes predicados, vencendo 7 de suas 10 tentativas. O Phoenix Stakes (gr.I), aos 2, e a Commonwealth Cup (gr.I), aos 3 anos, representam seus principais lauréis – acompanhados, ainda, de outras 4 vitórias black type. A cobertura de Caravaggio, na Austrália, custará A$ 33 mil – aproximadamente R$ 87 mil.

Churchill, por sua vez, pertence à mesma geração 2014 de Caravaggio. Aquele, porém, é uma gema feita em casa pela Coolmore – que se utilizou, aliás, de duas preciosidades de seu plantel para chegar até Churchill. O pai, Galileo (Sadler’s Wells), dispensa qualquer tipo de apresentação. Já a mãe, Meow (Storm Cat), além de múltipla ganhadora clássica em campanha, figura como múltipla produtora de G1 – vez que, além de Churchill, conta com Clemmie (Galileo), vencedora do Cheveley Park Stakes (gr.I), em sua progenia.

Com 7 vitórias em 13 corridas, Churchill emplacou o rigoroso double nas versões, britânica e irlandesa, dos 2.000 Guineas (gr.I) – ambas na milha, sobre a grama. O National Stakes (gr.I), dentre outros 3 êxitos clássicos, igualmente enfeitam o retrospecto. Para a temporada de monta na Austrália, serviços cotados a A$ 27,5 mil – correspondentes a R$ 72,47 mil.

Se Caravaggio e Churchill apresentam-se, a priori, como interessantes opções, sobremaneira, para aqueles que visam desafios compreendidos entre os 1.000 e 2.000 metros, para os perseguidores de stamina, surge a oferta de um dos mais contundentes fundistas dos últimos anos. Ganhador de provas de G1 disputadas entre 3 continentes distintos, Highland Reel cobrirá no Swettenham Stud por A$ 15 mil – cerca de R$ 39,5 mil.

Filho de Galileo na colocada em G1 Hveger (Danehill) – o mesmo cruzamento, portanto, do também múltiplo ganhador graduado, Idaho – Highland Reel obteve 10 vitórias em 27 tentativas. Nos Estados Unidos, levantou a Breeders’ Cup Turf (gr.I) e o Secretariat Stakes (gr.I). Na Inglaterra, o King George VI & Queen Elizabeth Stakes (gr.I), o Prince of Wales’s Stakes (gr.I) e a Coronation Cup (gr.I). E em Hong Kong, por duas vezes – inclusive na sua despedida das pistas – a Hong Kong Vase (gr.I).

Ao todo, 7 países distintos contaram com aparições de Highland Reel, ao longo de sua campanha.