Momento mais aguardado, de todo o calendário, do turfe paulista, o Grande Prêmio São Paulo (G1), em 2.400m na raia de grama (leve), para produtos de 3 e mais anos, voltou a presentear, com seu troféu, uma das mais célebres fardas do esporte nacional. Quarenta anos após o laurel de Bretagne, Dream Alliance levou a Fazenda Mondesir ao posto mais alto do pódio, da prova máxima das corridas de cavalo, em São Paulo.

E o fez, de maneira para lá de especial: liderando uma dobrada, composta, ainda, pela fêmea Bourgogne. Esta, que, de uma possível mera coadjuvante, por pouco, não foi alçada à condição de protagonista da festa.

No intuito de puxar o ritmo do páreo, enquanto Dream Alliance corria na décima primeira e última colocação, Bourgogne ensinou o caminho aos demais, desde a largada. Sua ação era acompanhada, de perto, por Osten, correndo Sugar Daddy em terceiro. To Sir With Love era o quarto e Tyrion o quinto colocado.

Sempre pela baliza um e sem qualquer preocupação em postular, até a entrada da reta final, as posições da frente, Dream Alliance era reservado, por Vagner Borges (jóquei de Universal Law, que venceu o "São Paulo", em 2016), para o tiro direto.

Na hora da verdade, Osten tentou avançar sobre Bourgogne. Solicitada por Leandro Henrique, a ponteira, contudo, voltou a fugir, na primeira colocação - não dando chance ao lote de animais que corriam nas posições imediatamente subsequentes. Isso, contudo, não se aplicou a Dream Alliance.

Numa estonteante atropelada, por fora de todos os seus adversários, o corredor passou, sem briga, por Bourgogne. Logo a 200 metros do disco, a sorte do páreo já se encontrava plenamente liquidada: Dream Alliance não dera chances, a quem quer que fosse.

Na linha de chegada, Dream Alliance superou Bourgogne por 1 corpo e 1/4. Rick The Great foi o terceiro colocado. Obataye e Reyes completaram o marcador.

A seguir, Tyrion, Chernozem, Osten, Bubbly Rain, To Sir With Love e Sugar Daddy.

Já detentor de currículo dos mais vitoriosos, Márcio Ferreira Gusso, todavia, agora vê repousar, em sua prateleira, conquista, até então, inédita. O treinador foi o primeiro de sua classe, radicado no Paraná, a conseguir a glória do GP São Paulo.

Já Dream Alliance competiu, apenas, pela 6ª vez, em sua campanha. Até então detentor de uma única vitória, numa eliminatória (1.400m/areia, em agosto do ano passado), o corredor vinha de finalizar em terceiro, para Bubbly Rain, no GP 14 de Março (G3), ocasião em que, notadamente, não teve reta final das mais felizes. Irmão próprio de Cold Heart, Dream Alliance passa a contar, portanto, com 2 primeiros lugares, sendo este o 1º clássico.

Relógios parados na marca de 2:27.27.