08 abr 2019 | 14:48:01

Monumento da criação norte-americana, A. P. Indy completa seu 30º aniversário

Em 3 décadas de existência, filho de Seattle Slew influenciou e impactou, como poucos, a criação norte-americana.


A. P. Indy e seu cavalariço, Asa Haley, na Lane's End Farm.

Imagem: Anne Eberhardt/Blood Horse

No último dia 31 de março, a cocheira de garanhões da Lane’s End Farm, no Kentucky, amanheceu em festa. Ainda que aposentado, um dos mais célebres animais ali alojados completou seu trigésimo aniversário. Mais do que 3 décadas de existência, A. P. Indy completou 3 décadas de enorme influência na criação norte-americana, sem prejuízo dos números e resultados que transcenderam os próprios limites territoriais dos Estados Unidos.

Nascido em 1989, A. P. Indy foi criado pelo fundador da Lane’s End, William Farish, e por seu sócio William Kilroy. Nos leilões de Keeneland, em julho de 1990, restou adquirido pelo japonês Tomonori Tsurumaki, por US$ 2,9 milhões. Enviado para as cocheiras do treinador Neil Drysdale, A. P. Indy tornaria-se, ainda em pista, um dos mais brilhantes corredores de sua época.

Aos 2 anos, A. P. Indy, além de uma eliminatória e de um allowance, venceu o Hollywood Futurity (gr.I). No início de 1992, conquistou o San Rafael Stakes (gr.II) e em seguida repetiu no Santa Anita Derby (gr.I). Um dos favoritos ao Kentucky Derby (gr.I), A. P. Indy foi retirado na manhã da prova, por ter se apresentado sentido do casco de seu anterior direito. Reapareceu no Peter Pan Stakes (gr.II), ainda no mês de maio, tendo vencido por ampla margem. Conquistou, na sequência, o Belmont Stakes (gr.I), encerrando o primeiro semestre de 1992 com 100% de aproveitamento.

Na sua primeira experiência contra os animais mais velhos e quando de sua única exibição fora dos Estados Unidos, A. P. Indy foi o quinto colocado no Molson Export Million Stakes (gr.II), em Woodbine. Retornando aos Estados Unidos, finalizou em terceiro na Jockey Club Gold Cup (gr.I), vencida por Pleasant Tap, em Belmont Park. Três semanas depois, bancou a desforra contra Pleasant Tap, a quem derrotou na Breeders’ Cup Classic (gr.I), disputada em Gulfstream Park (gr.I). Tal êxito, que lhe conferiu os títulos de Melhor Potro de 3 anos e de Cavalo do Ano, nos Estados Unidos, marcou sua derradeira apresentação. Em 11 saídas, obteve 8 primeiros lugares e mais de US$ 2,9 milhões em prêmios.

Filho do tríplice coroado Seattle Slew e Weekend Surprise (Secretariat), A. P. Indy ingressou na reprodução já contando com seu irmão materno, Summer Squall (ganhador do Preakness Stakes (gr.I)), figurando como reprodutor. De 1993, ano em que cumpriu sua primeira temporada de monta, até 2011, quando foi aposentado, A. P. Indy deixou 18 gerações, a partir das quais foram produzidos 164 stakes winners e 94 vencedores de provas graduadas. Como avô materno, destacou-se no pedigree de 214 stakes winners, dos quais 106 ganhadores de páreos graduados.

Os números de A. P. Indy revelam-se ainda mais expressivos à medida que se analisa o desempenho de seus filhos, enquanto garanhões. Ele conta com 7 representantes no top 50 dos garanhões norte-americanos (Bernardini, Congrats, Flatter, Jump Start, Majestic Warrior, Malibu Moon e Mineshaft), sem prejuízo de figurar como pai de Pulpit, por sua vez genitor do fenômeno Tapit.

O desempenho extraordinário possibilitou que A. P. Indy protagonizasse outro feito, de difícil ocorrência: num espaço de duas décadas, venceu a estatística geral de reprodutores (2003 e 2006) de avôs maternos (2015), nos Estados Unidos.

Aqui, link para reportagem escrita por Meredith Daughtery, publicada no website da Blood Horse, no dia 8 de janeiro, que homenageia os 30 anos de A. P. Indy a descreve, em ricos detalhes, a rotina do lendário animal, na Lane’s End Farm.

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