O novo No Bien Ni Mal? Obstacle estreia com recorde, em Maroñas
Brasileiro criado pelo Haras Santa Maria de Araras, pertencente ao Stud Duplo Ouro, venceu o Clásico Criadores Nacionales (L) em recorde - superando inatividade de 6 meses.

Sem correr desde março, Obstacle "assombrou", na sua estreia, em Maroñas.
Imagem: Transmissão H.R.U.
A temporada de 2024 serviu para vincular a farda do Stud Duplo Ouro ao nome de um dos melhores arenáticos do Brasil, nos últimos anos: No Bien Ni Mal.
Um ano depois, a disputa de uma corrida, em Maroñas, despertou nos turfistas de plantão a sensação de que No Bien Ni Mal, atualmente nos Estados Unidos, poderia estar de volta à América do Sul.
Ainda que filho do mesmo reprodutor (Hofburg), do mesmo criador (Haras Santa Maria de Araras) e pertencente ao mesmo Stud Duplo Ouro, Obstacle revela-se como outro corredor diferenciado, relacionado àquelas conexões. No domingo (14), o corredor bateu o recorde dos 1.800m, na raia de areia, ao vencer o Clásico Criadores Nacionales (L), em 1.800m na raia de areia, para produtos de 3 anos.
Obstacle não corria desde março, quando finalizou em sexto na final da Copa Precocidade e Velocidade ABCPCC. Sua outra única atuação, no Brasil, havia ocorrido na seletiva da Copa (foi terceiro, em sua estreia, no Tarumã).
"Saltando", portanto, dos 1.000 para os 1.800 metros, o alazão seguiu, de perto, o favorito Namaguederaz (havia estreado com vitória, por 9 corpos e 1/2, no mês de agosto) para, no tiro direto, desbancar o oponente, da primeira colocação. Não apenas isso: Obstacle, dos 300 finais em diante, expandiu sua vantagem, progressivamente, no primeiro posto. Sob o comando de Everton Rodrigues, alcançou o disco 7 corpos e 1/2 à frente do também brasileiro Ultimate Best (por Synchrony, de criação do Haras do Morro), que formou a dupla. Namaguederaz foi o terceiro.
Apresentado por Pablo Duarte, Obstacle (originado pela matriz Come And See, por Elusive Quality) assinalou 1:46.18 para a distância. O antigo recorde, pertencente a Potri Flash, na marca de 1:46.50, havia sido estabelecido em novembro de 2006.
Os excelentes resultados brasileiros na jornada, porém, não se limitaram à vitória de Obstacle. Linda Muchacha e Lemon Chocolat também foram ao winners' circle, por ocasião de outras duas provas clássicas realizadas, ao longo da programação.
Linda Muchacha, filha de Alcorano e Needle Effect (Jules), de criação de Ulisses Lignon Carneiro e propriedade do Stud Guara del Sur, venceu o Clásico Sarandi (L), em 1.800m na raia de areia, para potrancas de 3 anos. Em final de rigor, Linda Muchacha derrotou Garufera por cabeça. Odissey Princess (por Put It Back, de criação do Haras Santa Maria de Araras) foi outra brasileira a subir no placar remunerado, arrematando em quinto.
Conduzida por José da Silva e treinada por Jorge Rey, Linda Muchacha percorreu a distância na marca de 1:49.70. Obteve sua 2ª vitória (a 1ª clássica) em 3 corridas.
Já Lemon Chocolat, 4 anos, filha de Verrazano e Amor Chocolat (Northern Afleet), de criação do Haras Nijú e propriedade do Stud I Fratelli, levantou o Clásico Brasil (L), para éguas de 3 e mais anos, em 1.600m na raia de grama. Noutra conquista da dupla José da Silva e Jorge Rey, Lemon Chocolat bateu a também brasileira Dua Lipa (por Can The Man, de criação do Haras Fronteira e propriedade do Haras Regina) por meia cabeça.
Na sua 5ª vitória (a 1ª clássica) em 10 corridas, Lemon Chocolat percorreu a milha no tempo de 1:35.61.