Pimper’s Paradise, a força do 89º GP Brasil (G1)
A 89ª edição do Grande Prêmio Brasil (G1) é a atração central da reunião de domingo, 15 de agosto, no Hipódromo da Gávea.
A 89ª edição do Grande Prêmio Brasil (G1) é a atração central da reunião de domingo, 15 de agosto, no Hipódromo da Gávea.
A icônica carreira, em 2.400 metros, pista de grama, terá bolsa de quase R$ 450 mil, com mais de R$ 200 mil ao proprietário do ganhador.
O campo seleto de 2021 conta com 15 concorrentes, entre eles quatro ganhadores de nove disputas de G1.
A saber:
Os dois últimos vencedores da prova – George Washington e Pimper’s Paradise -; dois ganhadores do GP São Paulo – George Washington e Head Office –; Olympic Kremlin, o atual Derby Winner carioca; a parelha do Haras Doce Vale – Or Noir e Pimper’s Paradise – e Jackson Pollock levantaram a Copa ABCPCC Clássica. O animal do Stud Verde também passou na frente no GP Jockey Club Brasileiro.
Melhor cavalo em atividade no país e extremamente dominante, o gigante de Alfredo Grumser, Pimper’s Paradise (A.Correia/ V.Nahid/ Haras Doce Vale) vai em busca do bicampeonato do Brasil na condição de favorito.
Mesmo fora das pistas desde seu triunfo insofismável no GP Escorial (G3), no distante 07 de fevereiro, Pimper’s Paradise desce do CT Vale do Itajara pronto para enlouquecer sua enorme legião de fãs, no hipódromo e país afora com mais uma demonstração inequívoca de seu enorme poderio locomotor.
Venâncio Nahid vai em busca de ser o maior campeão da história do GP Brasil. O carioca venceu a prova em seis oportunidades – Flying Finn (1990); Velodrome (2005); Jeune-Turc (2009); Barolo (2015); My Chérie Amour (2016) e Pimper’s Paradise (2020), mesmo número do lendário Ernani de Freitas – Six Avril (39); Albatroz (43 e 44); Helíaco (47 e 48) e Orpheus (1975).
Melhorando seu padrão a cada performance, vencendo e convencendo, Jackson Pollock (M.Gonçalves/ L.Esteves/ Stud Verde) parece o maior inimigo do bicampeonato de Pimper’s Paradise. Arrematando com muita força, animal criado pelo Haras Santa Rita da Serra pode colocar seu terceiro e mais importante páreo de G1 em seu turf-record.
O mais poderoso dos forasteiros, Head Office (J.Ricardo/ M.André (SP)/ Stud Alessio & Naela) venceu o Grande Prêmio São Paulo em grande estilo, fez quarto no Matias Machline e retorna da capital bandeirante cercado de muitas expectativas pelo seu staff e por turfistas da terra da garoa. Quanto mais leve a raia, maior sua chance.
George Washington (H.Fernandes/ L.Esteves/ Stud Happy Again) é o mais experimentado de todos os inscritos em provas de graduação máxima (sete). O cavalo de ferro, criado pelo Stud TNT, em sua terceira participação no “Brasil” é outro que busca o bicampeonato da carreira mor do turfe nacional.
Olympic Kremlin (V.Gil/ D.Guignoni/ Stud H&R) o campeão do Grande Prêmio Cruzeiro do Sul – José Carlos Fragoso Pires – Derby Brasileiro (G1) rende o máximo na milha e meia e corre pela primeira vez sob a responsabilidade de Dulcino Guignoni. Não seria surpresa o animal criado pelo Haras Regina dar ao treinador capixaba sua quinta conquista no Brasil – Straight Flush (2000); Queen Desejada (2001); Potri Road (2002); Bal A Bali (2014).
Osprey (C.Lavor/ R.Solanés/ Stud Red Rafa) só faz melhorar a cada atuação e venceu o trial para o Brasil, o GP Dezesseis de Julho (G2), em grande estilo. Transferindo-se para o turfe uruguaio, Roberto Solanés pode conseguir seu segundo êxito na mais importante prova do turfe nacional, como fez com Moryba (Stud Correas) em 2009, que na ocasião contou com inspirada direção do saudoso Dalto Duarte.
Or Noir (V.Espindola Ap.1ª/ V.Nahid/ Haras Doce Vale); Olympic Impact (W.Xavier/ L.Esteves/ Stud Habeas Corpus); e Novo Sol (B.Queiroz/ V.Nahid/ Oitavo Stud/ Haras Princesa do Sul) são três gerações diferentes (7 anos/ 6 anos/ 4 anos) de animais que entram na pista merecendo atenção dos turfistas. Or Noir reforça o número de Pimper’s Paradise. Olympic Impact esbanja regularidade. Novo Sol participa ativamente da prova e, numa dessas, surpreende os mais cotados.
Zarabatana (J.Aparecido (SP)/C.Morgado Neto/ Fazenda Mondesir), não corre desde que secundou a Tríplice Coroada e agora no turfe americano, Janelle Monae, no GP Zélia Gonzaga Peixoto de Castro (G1). Única fêmea no campo, tenta o terceiro Brasil para o Modesir – Janus II (76) e Sunset (78) – e escrever seu nome ao lado das cinco fêmeas vencedoras da disputa – Tirolesa (50); Fizz (73); Off The Way (83); Anilité (84); e Queen Desejada (2001).
Indigo Guerreiro (M.Platini (SP)/ I.E.Jeronimo/ Haras Valentin); e Caled (L.Henrique/ A.Menegolo Neto (PR)/ Divonsir Hay); possuem interessantes colocações recentes em provas de graduação máxima e aparecem como opções para os que buscam rateios melhores. Mais uma pule alta na carreira, Deep End (G.Santos (Go)/ V.Paim/ Haras Belo Vale) é o mais velho do lote (9 anos) e o único preparado no Hipódromo da Gávea
Mem Cade Ce (W.S.Cardoso/ L.Esteves/ Stud Verde) e Coração Sureño (M.S.Machado (SP)/ L.Esteves/ Stud Happy Again) são os faixas de, respectivamente, Jackson Pollock e George Washington, e devem movimentar o train da carreira para seus companheiros.
Por Fernando Lopes
(Matéria publicada no website do Jockey Club Brasileiro em 10/08/2021)