11 fev 2021 | 00:42:15

Resultados clássicos do Brasil em 2020: perfil de ganhadores, reprodutores e matrizes

No ano passado, 143 provas clássicas foram disputadas no país, com 92 ganhadores individuais. Confira resultados e estatísticas.


Ao longo de 2020, 143 provas clássicas – entre listed, grupos III, II e I – foram disputadas nos hipódromos de Cidade Jardim, Cristal, Gávea e Tarumã.

Na condição de vitoriosos nessas 143 corridas, revezaram-se 92 ganhadores individuais. A cada prova black type, no Brasil, no ano passado, uma média de 8,1 participantes.

Na comparação entre reprodutores estrangeiros e reprodutores nacionais, os estrangeiros acusam eficiência (razão entre o número total de produtos de garanhões estrangeiros corridos e o total de ganhadores filhos de garanhões estrangeiros) de 12,29%. Os filhos de reprodutores nacionais, 8,30%. Ocorre, porém, que a média de filhos de reprodutores nacionais corridos é de 1,8 animal por páreo. Filhos de estrangeiros correspondem a uma média de 6,3 animais por páreo.

Ou seja, filhos de reprodutores estrangeiros possuem 3,5 vezes mais chances reais de vencer uma prova clássica do que os filhos de um garanhão nacional.

Na mesma relação proposta acima, o percentual de eficiência de netos de reprodutores estrangeiros atinge 12,29% e o percentual de eficiência de netos de reprodutores nacionais perfaz 11,64%. Em termos de oportunidades em pista, porém, há uma média de 7,1 netos de reprodutores estrangeiros e 1,02 neto de reprodutores nacionais, por páreo.

Isso implica dizer que um avô materno nacional, para fins estatísticos, dispõe de 6 chances a menos, por páreo, do que um avô materno estrangeiro. Sem qualquer exercício ufanista, é possível afirmar que o PSI criado no Brasil prova-se eficiente, também, na qualidade de pai de matrizes.

Deslocando o foco para o perfil das mães dos ganhadores, tem-se que mais de 90% dos ganhadores individuais de provas clássicas, em 2020, são filhos de éguas corridas, mais de 79% filhos de éguas ganhadoras e 19,5% filhos de ganhadoras clássicas.

Tal qual éguas corridas – enquanto mães – prevaleceram, em termos de idade, aquelas que pariram seus produtos entre 6 e 10 anos de idade: 64% das éguas analisadas.

Entre as famílias maternas, as famílias 8-h e 16-h, com 4 ganhadores individuais cada, foram as mais bem sucedidas. Já no tocante às famílias dos reprodutores, a 2-n, com 3 garanhões distintos, gerando a ganhadores clássicos em 2020, foi aquela que liderou o levantamento.

Para que o leitor possa chegar às suas conclusões pessoais e extrair resultados conforme seus próprios parâmetros (graduação, distância, hipódromo etc.) disponibiliza-se o resultado do levantamento feito, em formato Excel, o qual pode ser acessado aqui.

Também disponível na coluna lateral “Normativas”.


por Victor Corrêa

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