26 fev 2020 | 23:57:34

Jolie Olímpica: do – sentido – revés às perspectivas do calendário

Corredora brasileira perdeu sua invencibilidade, em final escamado, no Buena Vista Stakes (G2). Próximas atuações deverão pautar o rumo de sua campanha até festival da Breeders’ Cup.


Jolie Olímpica: temporada que apresenta um mar de possibilidades à corredora.

Imagem: Eclipse Sportswire/Horse Racing Nation

No último sábado (22), Jolie Olímpica conheceu o primeiro revés de sua campanha. A super craque brasileira restou superada, nos últimos lances do Buena Vista Stakes (G2, em 1.600m/grama, com US$ 200 mil de dotação), por Keeper ofthe Stars, que prevaleceu ao sacar ½ corpo, no disco. A derrota de Jolie Olímpica, contudo, em nada diminuiu seu status de corredora de exceção cuja campanha, até o festival da Breeders’ Cup, no final do ano, comporta diferentes trilhas a serem traçadas.

Emplacando parciais de 23.23 e 46.49, Jolie Olímpica pagou preço alto pelo forte – e talvez desnecessário – ritmo movido na primeira metade da competição. Vinda de correr – e vencer, em recorde – na distância dos 1.100 metros, a pupila de Richard Mandella, contudo, rendeu demonstração de que possui plenas condições de prosseguir atuando nos melhores páreos da milha, sem prejuízo de distâncias mais alentadas.

Outro fator que realçou o resultado obtido por Jolie Olímpica corresponde à qualidade do lote enfrentado e superado pela corredora. A terceira colocada, Mucho Unusual, venceu, em 2019, o San Clemente Stakes (G2), em Del Mar. Já a quinta colocada – desclassificada para oitavo, em por motivos de delito de pista – Lady Prancealot, vinha de vencer, nada menos, que o American Oaks (G1).

Considerando que seu pai, Drosselmeyer, foi credenciado – tanto no hemisfério sul quanto no hemisfério norte – para a geração 2016 (da qual faz parte Jolie Olímpica), sem prejuízo de seus enormes recursos – que tendem a incentivar sua inscrição no festival – a excelente corredora tende a encontrar na Breeders’ Cup, o alvo de sua campanha, no decorrer do ano. Até lá, haverá, por certo, muitas outras atuações de Jolie Olímpica. As distâncias e páreos selecionados, contudo, indicarão a trajetória do provável compromisso de novembro.

Programada para menos de 30 dias após a corrida de Jolie Olímpica no Buena Vista Stakes – o que talvez torne baixa a probabilidade de sua inscrição – a Beholder Mile (G1) do próximo dia 14 de março, em Santa Anita, implicaria em teste de fogo no dirt. Ou seja, serviria como demonstrativo das possibilidades de Jolie Olímpica na raia sobre a qual se disputam a Breeders’ Cup Distaff (G1), em 1.800 metros, bem como a Breeders’ Cup Filly & Mare Sprint (G1), em 1.400 metros.

Já permanecendo na grama, Jolie Olímpica apontaria para um provável retorno no Royal Heroine Stakes (outro G2, na milha, em Santa Anita), no dia 4 de abril. Sendo a raia, neste caso, elemento que não gera qualquer tipo de dúvida ou contestação, restaria a possibilidade de se manter foco na milha, para fazer frente aos machos, na Breeders’ Cup Mile (G1) – prova, aliás, que conta, em seu histórico, com diversas vitórias obtidas por fêmeas. Porém, caso tentado um alongamento das distâncias, no decorrer da temporada, outra alternativa recairia sobre a Breeders’ Cup Filly & Mare Turf (G1), que em Keeneland será disputada na distância dos 1.900 metros.

Certamente, os caminhos a serem traçados pelos responsáveis por Jolie Olímpica não são, em qualquer medida, excludentes entre si. Desde logo, porém, os brasileiros depositam grandes expectativas na pata da corredora – candidata a navegar, com sucesso, por mares capazes de colocar, em evidência, a criação do PSI nacional.

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