03 ago 2018 | 16:13:34

Os troféus de Matias Machline

Sinônimo de vitórias e conquistas, em diferentes pistas e localidades, Matias Machline brindou a criação brasileira com os inesquecíveis corredores do Haras Rosa do Sul. Na festa da Copa dos Criadores, intitula o momento mais aguardado meeting: a Copa Clássica.


Matias Machline fez história no turfe brasileiro.

Imagem: Fundação Matias Machline.

Homenageado na denominação da principal prova da Copa dos Criadores ABCPCC, Matias Machline deixou legado dos mais vitoriosos ao turfe brasileiro. Principal obra de sua criação, o Haras Rosa do Sul teve histórico talhado por troféus e grandes conquistas.

Empresário bem sucedido (notabilizado, principalmente, pela posição de sócio fundador da Sharp), Machline – nascido em 1933 – estabeleceu bases de criação, de animais da raça Puro Sangue Inglês, nos municípios de Itatiba (São Paulo) e Piraquara (Paraná). Em provas de curtas e longas distâncias, disputadas nas pistas de areia ou de grama, sem distinção, o sucesso dos animais criados por Machline marcou, em definitivo, o turfe brasileiro.

Em 1980, o Haras Rosa do Sul conseguiu a proeza de vencer, com animais diferentes, as duas principais provas do país: o GP Brasil, com Big Lark, e o GP São Paulo, com Dark Brown. Um ano mais tarde, o mesmo Dark Brown venceu a primeira edição do Grande Prêmio Latinoamericano, no Uruguai. Met Blade, Kill Me, Meu Gaúcho, Blade Prospector e A Good Reason foram outros bem sucedidos corredores de sua criação. Criada pelos irmãos Seabra, porém na defesa da farda estampada pela rosa mais vitoriosa do turfe nacional, Emerald Hill conquistou a tríplice coroa´paulista da Éguas, em 1977, permanecendo como a última a fazê-lo até o ano de 2006 – quando sua descendente, Colina Verde, repetiu a conquista da terceira mãe.

Além da atuação nos campos brasileiros, Machline também criou uma seção argentina para o Haras Rosa do Sul, em Olavarría, na região metropolitana de Buenos Aires. Foi de lá que saiu, por exemplo, a campeã do GP São Paulo de 1996, Rafaga Sureña. Hoje, o imóvel dá lugar ao Haras La Providência, um dos líderes das corridas de cavalo no país vizinho.

No ano de seu falecimento, em 1994, Machline passou a dar nome a uma das mais importantes provas do calendário turfístico brasileiro, que hoje compõe o festival da ABCPCC: a Copa ABCPCC Clássica.

Quarteto de Cordas (por fora) e Arrocha podem repetir pega do GP Brasil.

Imagem: Sylvio Rondinelli/Divulgação JCB.

Quase dois meses após a disputa do GP Brasil (gr.I), os protagonistas da carreira máxima terão na Copa ABCPCC Clássica Matias Machline (gr.I) um tira-teima de luxo. Em que pese os 400 metros a menos, em relação ao compromisso anterior, novamente haverá raia pesada e lote repleto de excelentes animais. Prova disso é o fato de que os 5 primeiros colocados no GP Brasil alinharão na disputa, incluindo, por consequência, Quarteto de Cordas (por Rock of Gibraltar, de criação de Beverly Hills Stud e propriedade do Haras do Morro).

Cotado, inclusive, a competir como favorito, Arrocha (por Pounced, do Haras Estrela Nova) encontra excelente oportunidade para ir à forra contra Quarteto de Cordas, que bancou seu algoz, por pequena margem, no GP Brasil. Or Noir (por Soldier of Fortune, do Haras Doce Vale), Olimpo (por Redattore, do Haras São José da Serra) e Easiest Way (por Adriano, do Haras Santa Maria de Araras) completaram, nessa ordem, o marcador, e prometem – novas – atuações de realce.

Além deles Bom Gosto (por Agnes Gold, de criação do Haras São José da Serra e propriedade do Stud Pixote), Orange Box (por Wild Event, do Haras Doce Vale), Fanciful (por Wild Event, do Stud Santa Maria) e Fantastic Boy (por Wild Event, de criação do Haras Santa Maria de Araras e propriedade de Black Opal Stud) brindarão o público turfista com disputa das mais emocionantes.

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