Pedigree & Black Type: os Ganhadores Clássicos no Brasil - 14ª Edição
Nesta edição: Izzi Bizzi, Jackson Pollock e Urso de Birigui.
Izzi Bizzi – Grande Prêmio Presidente José de Souza Queiroz (G2) – 1.400m/grama – Produtos de 2 anos – Cidade Jardim – Criação: Haras Santa Maria de Araras – Propriedade: Black Opal Stud
Tendo despontado como um dos líderes da geração 2017, em Cidade Jardim, Izzi Bizzi é mais um representante de Put It Back (Honour and Glory e Miss Shoplifter, por Exuberant). Vencedor do River Ridge Stales (G2), Put It Back já conquistou o Troféu Mossoró de Melhor Reprodutor por 3 vezes.
No Brasil, Put It Back produziu 12 ganhadores individuais, de G1, até o momento. Dentre eles, há animais que venceram provas de graduação máxima dos 1.000 aos 2.400 metros. O mais recente – dentre os vencedores de grupo 1 – é Pimper`s Paradise, um dos favoritos para o GP Brasil (G1) do próximo mês de setembro.
Encabeça a linha baixa de Izzi Bizzi Lizzy Girl (Lode), dona de 3 vitórias, em campanha, a qual também foi marcada por um segundo lugar para o champion sprinter, Lost Love, em listed. Produziu o ganhador de G3, Saberete (terceiro colocado na Milha Internacional) e a múltipla ganhadora clássica Billy Girl, que também ficou muito próxima de vencer G1.
A terceira mãe de Izzi Bizzi, Tea For Me (Ghadeer) foi múltipla ganhadora clássica e colocada em prova de G1. Já a quinta, Nostalgia, foi importada da Argentina, pelo Haras Santa Maria de Araras, trazendo para cá o sangue do tradicionalíssimo Haras Comalal.
Inbreedings de Izzi Bizzi: Lyphard (5x5) e Sir Gaylord (5x5) – Família 20-d
Jackson Pollock – Grande Prêmio Jockey Club Brasileiro (G1) – 1.600m/grama – Produtos de 2 anos – Gávea – Criação: Haras Santa Rita da Serra – Propriedade: Stud Verde
Artigo de grandes expectativas, desde a estreia, Jackson Pollock confirmou-as, em absoluto, ao vencer a primeira prova de G1 destinada à geração 2017, no Rio de Janeiro. Trata-se de um filho de Kodiak Kowboy (Posse e Kokadrie, por Coronado’s Quest), por sua vez um norte-americano, de 11 vitórias em 23 saídas. Venceu, dentre outros, o Carter Handicap (G1), o Vosburgh Stakes (G1) e a Cigar Mile (G1), recebendo o Eclipse Award de champion sprinter, no ano de 2009. Ingressou na reprodução, em 2010, e antes de vir ao Brasil deixou, nos Estados Unidos, o ganhador do Santa Anita Handicap (G1), Melatonin, o ganhador de G3, Shotgun Kowboy e o múltiplo ganhador clássico, em Dubai, Cool Cowboy.
No Brasil, Kodiak Kowboy destaca-se, também, pela ganhadora do GP Diana (G1), Duty do Jaguarete; pelo múltiplo ganhador clássico e forte nome para os Grandes Prêmios Presidente da República que estão por vir, Eron do Jaguarete; e pelos arenáticos de alto quilate Wild Vip, Gogo Boy e Eliz do Jaguarete.
A mãe de Jackson Pollock, Notting Tomorrow (Aragorn) nasceu nos Estados Unidos e veio ao Brasil ainda inédita. Aqui, conquistou 4 primeiros lugares, incluindo o GP Duque de Caxias (G2). Em Cidade Jardim, escoltou Veuve Fourny no GP OSAF (G1). Notting Tomorrow descende da excelente Notting Hill (Jules), que após vencer eliminatória, na Gávea, venceu os Grandes Prêmios João Adhemar e Nelson de Almeida Prado (G3) e Carlos Telles e Carlos Gilberto da Rocha Faria (G2). Despediu-se do país com um segundo lugar, para ninguém menos que Hard Buck, no GP Linneo de Paula Machado (G1). Nos Estados Unidos, argolou uma série de colocações clássicas, incluindo um terceiro lugar no John C. Mabee Stakes (G1).
A terceira mãe de Jackson Pollock, a exemplo das outras duas mencionadas, figura como égua emblemática, da criação Santa Rita da Serra. Nascida nos Estados Unidos, Light Lida (Alleged) cumpriu campanha na França (onde venceu 1 prova em 3 saídas) e depois foi trazida ao Brasil. Seu primeiro produto foi Porta Bandeira, que se destacou como mãe de Quick As Ray, vencedora dos GGPP Diana (G1) e Zélia Gonzaga Peixoto de Castro (G1). Depois Light Lida produziria L`Escapade, ganhadora de listed e múltipla produtora clássica. Dentre os machos produzidos por Light Lida, o melhor foi Prince of Wales, velocista de alto padrão, ganhador de G3 e utilizado na reprodução.
Light Lida tem como mãe Princesse Lida (Nijinsky), uma das líderes de sua geração, na França, onde venceu o Prix Morny (G1) e o Prix de la Salamandre (G1), aos 2 anos. De Princesse Lida, a 4ª mãe de Jackson Pollock, até Canalette, 10ª mãe do corredor, há uma sequência ininterrupta de ganhadoras ou colocadas em provas principais, na Europa, antes mesmo do estabelecimento das pattern races. A oitava, Djabellica (Djebel), venceu o Irish Oaks. A nona, Nica, o Prix Vermeille.
Inbreedings de Jackson Pollock: Rahy (4x5), Forty Niner (4x4) e Mr. Prospector (4x5x5x5) – Família 1-t.
Urso de Birigui – Grandes Prêmios Presidente Augusto De Souza Queiroz (G3) e Antenor de Lara Campos (G3) – Cidade Jardim – Criação e propriedade: Stud Birigui
Principal destaque da nova geração, nas disputas em pista de areia, o invicto Urso de Birigui desponta como o principal produto da – reduzida – prole do excelente Kará de Birigui (Banking e Lovely Minister, por Mane Minister), que conquistou 5 vitórias em 10 saídas. Vencedor dos Grandes Prêmios Ipiranga (G1) e Jockey Club de São Paulo (G1), Kará de Birigui não pode competir no Derby Paulista (G1), no qual buscaria a tríplice coroa, em 2011.
Em novembro de 2012 (portanto 1 ano após sua derradeira exibição, no GP JCSP), Kará de Birigui reapareceu num handicap vencido por ele, de modo esmagador, no qual bateu o recorde dos 2.400 metros na areia, em Cidade Jardim. Dificuldades de ordem locomotora forçaram sua aposentadoria das pistas, passando, desde 2013, a servir na reprodução.
A exemplo de Kará de Birigui, a mãe de Urso de Birigui, Helena de Birigui (Shudanz), também foi ganhadora clássica. Ela venceu, no quilômetro paulista, o GP Independência (G3). A 2ª mãe de Urso de Birigui, Lumma (Polar Circle), foi múltipla ganhadora clássica, pois, além de Helena de Birigui, também produziu Ultinov, vencedor do GP João Adhemar de Almeida Prado – Taça de Prata (G1) e exportado para os Estados Unidos.
Trata-se de linha trazida da Grã-Bretanha, pelo Haras Vale Verde, por meio da matriz Aga (Aureole), que aqui desembarcou, em meados da década de 1970.
Inbreedings de Urso de Birigui: Northern Dancer (6x6x5x6), Nasrullah (5x6) e Princequillo (6x6) – Família 1-l.
por Victor Corrêa