Provas brasileiras aptas a subir e descer na graduação: um desafio de todos
Brasil conta com 18 corridas aptas a terem seu rating elevado, para 2021. Outras, porém, necessitam elevar pontuação para não sofrerem rebaixamento (Imagem: João Cotta).
Na próxima quinta-feira (20), sob formato virtual, ocorrerá reunião do comitê fiscalizador da Organização Sul Americana de Fomento ao Puro Sangue Inglês (OSAF), na qual corridas dos hipódromos membros poderão – com base em seu rating – terem sua graduação elevada, para o ano que vem. O Brasil possui nada menos que 18 provas aptas a “subirem” de categoria.
São elas:
GP Escorial (G3) – Gávea
GP Mariano Procópio (G3) – Gávea
GP Presidente Luiz de Oliveira Barros (G3) – Cidade Jardim
GP Riboletta (G3) – Gávea
GP Roger Guedon (G3) – Gávea
Clássico Antonio Carlos Amorim (L) – Gávea
Clássico Armando Rodrigues Carneiro (L) – Gávea
Clássico Bal A Bali (L) – Gávea
Clássico Coaraze (L) – Gávea
Clássico Conselheiro Antonio da Silva Prado (L) – Cidade Jardim
Clássico Derby Club (L) – Gávea
Clássico Ernani de Freitas (L) – Gávea
Clássico Farwell (L) – Cidade Jardim
Clássico Ghadeer (L) – Gávea
Clássico Natal (L) – Cidade Jardim
Clássico Octavio Dupont (L) – Gávea
Clássico Orsenigo (L) – Gávea
Clássico Sabinus (L) – Gávea
Fato que serve para coroar os esforços de criadores e proprietários, bem como o trabalho dos handicappers responsáveis pela demonstração, defesa e votação dos ratings das provas disputadas no Brasil e dos cavalos brasileiros – haja vista que, dentre eles, recentemente, vêm a menção aos nomes de Jolie Olímpica e Não Da Mais. A possibilidade de upgrade, contudo, necessita de reivindicação, nesse sentido, tanto do Jockey Club Brasileiro quanto do Jockey Club de São Paulo.
Ainda que seja dispensável a explicação do quão importante é a elevação da graduação de um determinado páreo, nunca é demais destacar que desde exportações até, naturalmente, o valor das premiações, são impactadas, positivamente. Em bom português: provas com maior graduação significam, além de um turfe mais forte, a potencialização direta do custo benefício da atividade.
Portanto, faz-se mais do que necessária a manifestação dos hipódromos de Cidade Jardim e Gávea, na figura de seus presidentes, superintendentes e responsáveis pela pauta, a qualquer título, para se evitar a perda de uma brilhante oportunidade.
Por outro lado, ainda que nenhuma prova brasileira corra risco de ter sua graduação rebaixada, em 2021, há 20 passíveis de receberem carta de advertência – que é o instrumento utilizado, pela OSAF, para conferir ultimato a um determinado hipódromo, antes de proceder com o rebaixamento de graduação, de uma determinada corrida.
Estão abaixo da média estabelecida para a respectiva graduação e poderão receber carta de advertência, as seguintes provas:
GP ABCPCC (G1) – Cidade Jardim
GP Barão de Piracicaba (G1) – Cidade Jardim
GP Henrique de Toledo Lara (G1) – Cidade Jardim
GP Ipiranga (G1) – Cidade Jardim
GP Major Suckow (G1) – Gávea
GP São Paulo (G1) – Cidade Jardim
GP 25 de Janeiro (G2) – Cidade Jardim
GP Bento Gonçalves (G2) – Cristal
GP Ministro da Agricultura (G2) – Cidade Jardim
GP Presidente Antonio Grisi Filho (G2) – Cidade Jardim
GP Presidente do Conselho do Jockey Club (G2) – Cidade Jardim
GP Presidente José Bonifácio Coutinho Nogueira (G2) – Cidade Jardim
GP Proclamação da República (G2) – Cidade Jardim
GP Chanceler Oswaldo Aranha (G3) – Cidade Jardim
GP Consagração (G3) – Cidade Jardim
GP Edmundo Pires de Oliveira Dias (G3) – Cidade Jardim
GP Presidente Antonio Correa Barbosa (G3) – Cidade Jardim
Clássico Derby Paranaense (L) – Tarumã
Clássico Governador do Estado (L) – Tarumã
GP Presidente da República (L) – Cristal
O trabalho para se evitar o recebimento da(s) carta(s) de advertência é uma via de mão dupla. Tanto depende dos proprietários de animais capazes de manter o rating dessas provas, quanto demanda um exercício de aproximação e credibilidade, do hipódromo promotor da(s) corrida(s), para atrair a atenção daqueles.
Prova que exemplifica o desenvolvimento da relação descrita acima, o Grande Prêmio Paraná, com atual graduação de G3, possui a chance, nas próximas temporadas, a ser elevado para G2 – dependendo da manutenção de seu rating e do resultado, em 2020. Desde a reabertura do hipódromo, em 2016, com a retomada da disputa do páreo, no mesmo ano, o nível de seus competidores manteve-se alto, contando com o respaldo de seus promotores, que, assim, conquistaram o interesse de proprietários de todo o país.
Clique aqui para conferir a lista completa dos ratings das corridas brasileiras, com data base de agosto de 2020.