13 nov 2025 | 15:56:20

A caminho de Hong Kong, Star do Iguassu é mais um exportado da "tríplice coroa"

Potro do Haras Rio Iguassu é o 25º animal - em 15 anos - vencedor de prova da tríplice coroa de São Paulo, a ser exportado para o Hemisfério Norte.


Vencedor do "Ipiranga" e segundo colocado no GP JCSP, Star do Iguassu seguirá campanha em Hong Kong.

Imagem: Porfírio Menezes/JCSP

Vencedor da mais recente edição do Grande Prêmio Ipiranga (G1) - e segundo colocado no GP Jockey Club de São Paulo (G1) -, Star do Iguassu teve confirmada sua exportação. O filho de Outstrip e Energia Halo (Glória de Campeão), de criação e propriedade do Haras Rio Iguassu, foi adquirido por proprietários do turfe de Hong Kong, onde seguirá campanha.

A negociação foi intermediada pela Lopes Bloodstock, do brasileiro Felipe Lopes.

Sob o treinamento de Antônio Marcos Oldoni, Star do Iguassu competiu por 7 vezes, vencendo em 4 delas (sendo 2 êxitos na areia e 2 na grama). Além do "Ipiranga", conquistou, em Curitiba, a Pegasus Juvenile e o Clássico Luiz Gurgel do Amaral Valente (L).

A comercialização de Star do Iguassu, não bastasse a notícia por si só (em se tratando de um dos melhores "3 anos", em atividade, no Brasil), também reforça a importância da tríplice coroa de São Paulo, enquanto vitrine para o mercado externo. Contando com Star do Iguassu, nos últimos 15 anos, são, agora, 25 os produtos exportados para o Hemisfério Norte (alguns em campanha e tendo havido, também, fêmeas negociadas já na condição de reprodutoras), após terem vencido, ao menos, uma das provas da coroa - sem incluir, aí, colocados nesses mesmos páreos, que também foram objeto de exportação.

Dentre esses animais estão Halston, que, sob o nome de Butterfield, tornou-se o primeiro animal a vencer prova graduada, em Hong Kong, com mais de US$ 1,8 milhão conquistados em prêmios. Foi ele o ganhador dos Grandes Prêmios Ipiranga (G1) e Derby Paulista (G1), no ano de 2018. Primeira égua brasileira a vencer o Gamely Stakes (G1), nos Estados Unidos, Macadâmia deixou o Brasil após levantar a 2ª prova da tríplice coroa de éguas - o GP Henrique de Toledo Lara, em 2021.

Inobstante, outros 15 ganhadores de, ao menos, algum desses páreos, restaram enviados, por seus próprios proprietários, no Brasil, para o Hemisfério Norte. Foi o caso, dentre outros, de Energia Fribby, primeiro animal brasileiro a vencer prova clássica, na Inglaterra (conquistou o listed da Betfair Stand Cup, em 2014, após ter vencido, no Brasil, o GP Diana); de Vettori Kin (ganhador do Louisville Handicap [G3], nos Estados Unidos, após despedir-se do país de origem com vitória no Derby Paulista); e, mais recentemente, de Planetário, múltiplo ganhador de G2 na Califórnia e que também teve seu envio para o exterior credenciado por uma vitória no Derby.

Outra ganhadora do "Henrique de Toledo Lara", Zara passou a integrar, após o encerramento da campanha, o plantel da Godolphin. A ganhadora do "Barão", Esfinge, e as vitoriosas no "Diana", Happy To Be Me e Olinda do Iguassu, são exemplos de fêmeas que passaram a servir, como matrizes, no Japão.

Confira, abaixo, o quadro dos animais que migraram para o Hemisfério Norte, nos últimos 15 anos, após vencerem páreos da tríplice coroa de São Paulo.

A manutenção da graduação máxima dessa sequência de corridas guarda, portanto, relação de importância intrínseca com o próprio mercado de PSI, no Brasil - que funciona, também, à base das exportações, as quais "refrescam" ou reforçam o orçamento de coudelarias nacionais, ano a ano. Daí, portanto, de se lamentar o recente rebaixamento de graduação do GP Henrique de Toledo Lara.

A 2ª prova da tríplice coroa de éguas, em São Paulo, foi corrida sob a condição de G2, pela primeira vez, em 2025. Das suas últimas 5 ganhadoras, 3 foram negociadas com proprietários estrangeiros e 1 (Night of Rose) recentemente enviada, pelo seu próprio proprietário (Stud Brave Heart) para os Estados Unidos. Sob suas novas fardas, na América do Norte, a já mencionada Macadâmia venceu prova de G1, Evidências ganhou black type e Sun of Hill colocou-se em prova graduada.

Neste sábado (15), em Cidade Jardim, há a possibilidade de tais números restarem expandidos. Isso porque figuram, como principais atrações da jornada, em São Paulo, as versões 2025 dos Grandes Prêmios Derby Paulista e Diana que reunirão em seus lotes, respectivamente, 15 potros e 12 potrancas da geração 2022.

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