29 mar 2019 | 19:09:48

Catcher In The Rye, Redoute’s Choice e Signal Tap: perdas da última semana.

Reprodutores deixaram produções de realce, em diferentes partes do mundo.


Signal Tap: em meio à concorrência, com Put It Back e Wild Event, rendeu corredores de destaque.

Imagem: Haras Santa Maria de Araras

Nos últimos dias, três reprodutores deram por encerradas suas missões, na criação. Catcher In The Rye, na Argentina, Redoute’s Chouce, na Austrália, e Signal Tap, no Brasil, faleceram e tiveram seus feitos repercutidos pela mídia especializada.

Nascido na Irlanda no ano 2000, Catcher In The Rye (Danehill e Truly A Dream, por Darshan) morreu no Haras La Leyenda. Seu desaparecimento foi provocado por complicações múltiplas de saúde. Catcher In The Rye conquistou uma vitória em apenas 4 saídas. Seu principal resultado em pista correspondeu ao segundo lugar para Clodovil, na Poule D’Essai Des Poulains (gr.I). No ano de 2006 serviu, pela primeira vez, na Argentina. De lá para cá, firmou-se como um dos destaques da criação portenha.

A múltipla ganhadora de G1 (e campeã argentina, aos 2 e 3 anos) Catch The Mad, o vencedor do GP Jockey Club (gr.I) Anerobio, o médio fundista (vencedor de 2 provas de G1) Flowing Rye e o também múltiplo ganhador de G1 Rabid In The Eye são alguns dos destaques da produção de Catch In The Rye, na Argentina. No hemisfério norte, a vencedora – e produtora – de G1, na Alemanha, Rosenreihe e o ganhador de G2, nos Estados Unidos, Ryehill Dreamer foram seus mais expressivos produtos.

Outro filho de Danehill (na reprodutora Samanthas Choice, por Canny Lad), Redoute’s Choice precisou ser sacrificado, no Arrowfield Stud, pois vinha enfrentando uma sofrível perda de seus movimentos e coordenação. Ele nasceu na Austrália, em 1996 e competiu dos 2 aos 3 anos, tornando-se múltiplo ganhador de G1, por meio de 5 primeiros lugares conquistados em 10 saídas. Ingressou na reprodução, no ano 2000, para revelar-se um dos melhores garanhões da criação australiana, em todos os tempos.

Vencedor, por 3 vezes, da estatística de reprodutores do país, produziu nada menos que 160 stakes winners, incluindo 34 ganhadores de G1. Como avô, conta com 15 stakes winners, sendo 4 de graduação máxima. É pai, ainda, de nada menos que 22 reprodutores em atividade, ao redor do mundo. Em 2012, Redoute’s Choice foi levado à França, em regime de shuttling, por Aga Khan.

Nascido, em 1991, no Kentucky, Signal Tap morreu, na seção paranaense do Haras Santa Maria de Araras – em decorrência de problemas relacionados à idade avançada. Filho de Fappiano e South Sea Dancer (Northern Dancer), conquistou 8 vitórias em 25 saídas, com destaque para um terceiro lugar obtido no Man O’ War Stakes (gr.I). Quando chegou ao Brasil, no ano de 2004, já havia revelado, nos Estados Unidos, Got Koko, que se notabilizou por quebrar a série invicta, de 11 corridas, da excelente Azeri (Jade Hunter), no Lady’s Secret Breeders’ Cup Handicap (gr.II).

No Brasil, em que pese a concorrência com os contemporâneos garanhões do Araras, Put It Back e Wild Event, Signal Tap rendeu animais marcantes ao estabelecimento criatório. Vencedor do GP Derby Paulista (gr.I) e segundo colocado nos Grandes Prêmios Carlos Pellegrini (gr.I), São Paulo (gr.I) e ABCPCC Clássica Matias Machline (gr.I), Veraneio foi um dos melhores corredores, de sua época. Atualmente, serve como garanhão, sendo que sua primeira geração está estreando no atual semestre. Vencedor dos Grandes Prêmios Presidente da República (gr.I) e Juliano Martins (gr.I), o precocemente desaparecido Too Friendly foi outro destaque, de sua produção. Una Beleza, múltipla ganhadora de G1 e mãe do clássico de G1, Fantastic Boy, também merece friso em meio aos produtos de Signal Tap.

Signal Tap deixou 221 produtos no Brasil, de acordo com registros do Stud Book Brasileiro. Dezesseis produtos (7,2%) venceram provas black type e 36 (16,3%) obtiveram colocação nesse tipo de páreo.

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