07 out 2023 | 22:30:25

Bárbaro! Doutor Sureño brilha no GP Latinoamericano (G1)

Campeão do Haras Moema rendeu o bicampeonato ao Haras Old Friends, como criador. Criação brasileira agora soma 12 vitórias no histórico da competição.


Doutor Sureño atropelou feito um bólido, na raia de San Isidro.

Imagem: Divulgação Hipódromo San Isidro

Neste sábado (7), no Hipódromo San Isidro, produtos de 4 e mais anos disputaram o Gran Premio Longines Latinoamericano (G1), em 2.000m na raia de grama (leve), com US$ 360 mil de dotação. Vitória espetacular do brasileiro Doutor Sureño, 5 anos, filho de Agnes Gold e Notável Sureña (Redattore), de criação do Haras Old Friends (alcançou o raro feito de criar 2 vencedores do páreo; antes, havia revelado Aero Trem, ganhador em 2021) e propriedade do comemorado Haras Moema. 

Na largada, o peruano Don Feres fez questão da ponta. O argentino Best Galano corria em segundo, com o norte-americano (representante do Peru) Don't Lose Time acionando na terceira colocação, "agarrado" aos dois da frente e pedindo rédeas ao jóquei. 

Na altura da última milha, Don't Lose Time passou para primeiro e o chileno Roheryn assumiu sua escolta. Os primeiros 400 metros foram percorridos em pouco mais de 24s.

Em décimo primeiro - à frente, apenas, de 3 animais - corria Doutor Sureño. Mesmo diante de um ritmo que não se revelava por demasiado acelerado, ainda assim José Severo demonstrava grande segurança - e confiança - em sua montaria, vez que lhe mantinha distante das movimentações dos ponteiros.

Na curva, Doutor Sureño passou, então, a ganhar posições. Faltando 800 metros para o disco, o pelotão da frente aglutinou-se. Do ponteiro Don't Lose Time até Doutor Sureño, que era o novo, não havia 5 corpos.

Chegada a hora da verdade, vários animais davam boa impressão. Nenhum deles, contudo, animava mais do que Doutor Sureño, quando este foi lançado por fora do paredão que corria à sua frente, a 500 metros do disco. O castanho parecia estar "sobrando" nas mãos de Severo que, por sua vez, aguardava o máximo possível, para lhe fazer a partida.

Quando, então, Doutor Sureño foi colocado para correr, nos 300 finais, a sensação era de que os seus oponentes foram congelados, num passe de mágica: o brasileiro passou sem briga pelos adversários, sob aceleração vertiginosa. Ali mesmo, a sorte da carreira já estava liquidada em favor de Doutor Sureño.

Numa vitória plena de superioridade, Doutor Sureño livrou 3 corpos sobre Don Feres, finalizando o argentino, ganhador de G1, Natan, em terceiro. O uruguaio do Haras Phillipson, Papa Mim, atropelou para ficar com o terceiro lugar. No complemento do marcador, finalizou a peruana Samay. 

Callejero, outro representante brasileiro no páreo, finalizou em décimo.

Victorio Fornsaro, que, na Argentina, já havia vencido o Derby do GP Nacional (G1), com Eu Também, retornou ao país para adicionar outra magna conquista ao seu currículo. Dono de um papel fundamental na consolidação da campanha de Doutor Sureño, bem como no amadurecimento do animal enquanto atleta, Fornasaro, mais uma vez, sagrou-se exitoso em fazer perdurar a forma invejável de seu pupilo, que, em 2023, simplesmente, correu 6 vezes, vencendo todas.

Já Doutor Sureño, soma 9 vitórias (7 clássicas) em 18 corridas, tendo obtido, no ato, a sua terceira vitória de G1, ao percorrer a distância na marca de 1:58.02. No auge de sua campanha, o corredor rendeu aos aficionados brasileiros uma das mais acachapantes demonstrações de um PSI nacional, no exterior.

O Brasil segue como país líder no ranking de vitórias no GP Latinoamericano (G1). Agora, ostenta 12 crioulos seus, como ganhadores do páreo.

 

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