29 abr 2018 | 21:52:50

Com reaparecimento de luxo, Black Cello fatura o GP Conde de Herzberg (gr.II)

Potro do Stud B L esnobou o fator reaparecimento e se firmou como líder, entre os machos, na Gávea. A mãe, Quanto Carina, entrou para a história da criação nacional, no posto de primeira égua, a produzir 5 ganhadores individuais de grupo.


Black Cello desponta como corredor de alto nível.

Imagem: Gérson Martins

Mesmo sem correr desde meados de janeiro, quando estreou, com fácil vitória, na Gávea, Black Cello, filho de Put It Back na fantástica Quanto Carina (Wild Event), de criação do Haras Santa Maria de Araras e propriedade do Stud B L, venceu, neste domingo (29), na Gávea, o Grande Prêmio Conde de Herzberg (gr.III), em 1.500m na pista de grama (macia, com 6m de cerca móvel), reservado a produtos de 2 anos.

Em que pese a busca de Inforcer (Shanghai Bobby) pela ponta e por mais que Victoria Mota buscasse conter o ímpeto de Black Cello, este assumiu a primeira posição, após alguma indefinição, na cabeceira da curva. Inforcer, ligeiramente atrasado em relação a Black Cello, seguia no segundo posto, correndo Lamartine (Shanghai Bobby) em terceiro. Olympic Ipswich (Shanghai Bobby) corria no quarto posto, com Guri Carioca (Shanghai Bobby) aparecendo na quinta colocação.

Na reta de chegada, Inforcer forçou, por dentro de Black Cello, em busca da dianteira. A joqueta, porém, ainda trazia Black Cello a tiracolo, aguardando eventuais atropeladas. Lamartine e Olympic Ipswich eram aqueles que mais ameaçavam arrematar, contra o ponteiro, ao passo que Taksim (Discreet Cat), vindo de trás, ingressava na briga pelo placar remunerado.

Quando recebeu a partida, porém, a 300 metros do disco, Black Cello mostrou a todos que não seria outro o ganhador do páreo. Com firmeza, manteve a primeira colocação e derrotou Taksim por 1 corpo e ¾. Lamartine (2) finalizou em terceiro, com Olympic Ipswich (2 e ¾) e Inforcer (5 e ¾) dando números finais ao placar.

A seguir: George Washington, Olympic Impact, Parigi, Laurent e Guri Carioca.

Venâncio Nahid, que já havia vencido o outro G3 do dia, com Platine, enviou Black Cello à raia para que o castanho obtivesse a segunda vitória (primeira clássica) em duas saídas. Relógios parados na marca de 1:29.26.

Com a vitória de Black Cello, Quanto Carina passa a figurar como a primeira matriz, na história da criação nacional, a revelar 5 ganhadores individuais, de grupo, no Brasil.

Nascida em 2003, Quanto Carina pertence à mesma geração dos ganhadores de G1 – atualmente reprodutores – Quick Road e Quatro Mares, todos criados pelo Haras Santa Maria de Araras (também criador de Black Cello). Filha de Wild Event na argentina, Shanty (Southern Halo), Quanto Carina venceu quando da sua única exibição, na Gávea, aos 2 anos.

Na primeira cria, originou Arrive In Style (2009, por Northern Afleet), que não chegou a correr. O primeiro descendente que debutou, efetivamente, foi Baccelo (2010, por Northern Afleet), vencedor de G1 no Brasil e de prova de G3 nos Estados Unidos. Na geração seguinte, Quanto Carina revelou o múltiplo ganhador graduado, entre as pistas de grama e areia, Carrocel Encantado (2011, por Elusive Quality). Na letra “D”, outro elemento vencedor de G1: Dolemite (2012, por Adriano), primeira colocada no GP Henrique Possolo (gr.I). Escrittora (2013, por Put It Back), muito embora não tendo conquistado vitória clássica, obteve colocação em grupo III. Irmão próprio desta, Flight Tme (2014) permaneceu invicto, na Gávea, em 4 saídas, com destaque para o êxito obtido no GP Estado do Rio de Janeiro (gr.I). Black Cello, por fim, representa o sexto animal corrido da produção de Quanto Carina.

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