03 ago 2020 | 20:33:04

Criação brasileira perde Hat Trick

Garanhão japonês cuja primeira geração nacional nasceu em 2018 faleceu, aos 19 anos, no Paraná.


Hat Trick conquistou resultados destacados em ambos os hemisférios

Imagem: Gainesway Farm

Tendo a sua primeira geração nacional – bastante celebrada e valorizada, nos leilões – nascida em 2018, o reprodutor Hat Trick morreu, nesta segunda-feira (3), no Paraná, aos 19 anos. O garanhão, que pertencia a um condomínio, encontrava-se alojado no Haras Springfield, em Tijucas do Sul. Conforme informação do Dr. André Boff, médico veterinário do haras sede, Hat Trick foi vitimado por uma ruptura da veia cava superior.

Filho de Sunday Silence e Tricky Code (Lost Code), Hat Trick nasceu na Oiwake Farm no Japão, no ano de 2001. Tendo atuado somente na Ásia, Hat Trick venceu, em campanha, a Mile Championship (G1) no Japão, e a Hong Kong Mile (HK-G1), sem prejuízo de outras 6 vitórias conseguidas ao longo das 21 apresentações que compuseram seu retrospecto. Hat Trick ingressou na reprodução em 2008, na Walmac Farm, no Kentucky, tendo sido transferido para a Gainesway Farm, no mesmo estado norte-americano, no ano de 2012. Por 3 vezes Hat Trick serviu, ainda, em regime de shuttling na Argentina: primeiramente no Haras El Mallín, nos anos de 2009 e 2010, e depois no Haras La Biznaga, em 2012.

Em 2017, Hat Trick desembarcou no Brasil, passando a ter o país como sede fixa de seu alojamento. Sua primeira geração, aqui nascida, em 2018, contou com 77 produtos, parte dos quais levada à leilão, recentemente, em 2020, obtendo excelente recepção do mercado. Em 2019, sua produção conta com 84 nascimentos registrados, no Stud Book Brasileiro. No segundo semestre do ano passado, o semental cobriu 95 éguas, de acordo com as comunicações de coberturas enviadas pelos criadores, ao SBB, figurando como o terceiro reprodutor que mais cobriu, no país, atrás, somente, de Drosselmeyer e Verrazano. Na atual temporada de monta, iniciada no último sábado, cobriu algumas poucas éguas que compunham sua extensa carta de coberturas.

Champion, aos 2 anos na Europa, em 2011, o francês Dabirsim, vencedor dos Prix Morny (G1) e Jean-Luc Lagardere (G1), é o principal expoente da produção de Hat Trick, até aqui. Dabirsim, aliás, poderá ter seu cruzamento repetido por uma razoável quantidade de criadores brasileiros - vez que o corredor tem, como avô materno, Royal Academy.

O ganhador de G1 nos Estados Unidos, King David; os também ganhadores de graduação máxima, mas em solo argentino, Giant Killing, Hat Puntano e Zapata; e os múltiplos ganhadores graduados Bright Thought, Dressed In Hermes e Try Twice são outros nomes de relevo no stud record de Hat Trick.

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