De volta a Longchamp, Arco do Triunfo é atração do fim de semana
Principal prova do turfe francês retorna ao seu palco principal, num encontro entre modernidade e - muita - tradição.
Após dois anos abrigado por Chantilly, em razão das obras de revitalização realizadas em Longchamp, o Prix l’Arc de Triomphe (gr.I) retorna a Paris em 2018. Se por um lado, as novas instalações do mais tradicional hipódromo francês rendem ares de modernidade à disputa, por outro, o charme do Arco mantém intacta a tradição da principal prova do país.
Dentre os vencedores do Arco – que compõem lista inaugurada por Comrade, no ano de 1920 – 7 animais foram capazes de vencer a prova em duas ocasiões. No próximo domingo, o seleto rol pode ganhar um novo nome. Dona de umas melhores campanhas já desempenhadas por uma fêmea, na história do turfe Europeu, Enable chega ao Arco após reaparecer com vitória no September Stakes (gr.III), disputado em Kempton Park, no último dia 8.
Em que pese a enorme diferença técnica contemplada entre as duas corridas, o fato de ter superado, com sucesso, uma inatividade de quase 1 ano, serviu para demonstrar que Enable (filha de Nathaniel, pertencente ao Príncipe Khalid Abdullah) encontra-se em plenas de condições de colocar seu nome ao lado dos outros 7 bicampeões – dentre os quais, Alleged e Ribot. Já seu piloto, Frankie Dettori, poderá ampliar os números de jóquei mais vitorioso do Arco. Com 5 primeiros lugares, o bridão italiano venceu – em dueto com o treinador John Gosden – duas das suas 3 últimas edições.
Se a inscrição de Enable gera enormes expectativas, outra competidora chama atenção, não apenas pelo seu grande poderio locomotor, mas também em razão de confundir seu pedigree com a própria história do Arco. Neta de Urban Sea (Miswaki), que além de ter vencido o Prix l’Arc de Triomphe em 1993, produziu seu pai, Sea The Stars (Cape Cross), primeiro colocado na edição de 2009, Sea of Class figura com imponência, no lote. Ganhadora do Irish Oaks (gr.I) e do Yorkshire Oaks (gr.I), a potranca de 3 anos reforça o time de fêmeas – que, nos últimos 10 anos, levaram a melhor em, nada menos, que 8 ocasiões.
Para tentar barrar o sucesso das favoritas, Aidan O’Brien enviará à raia nada menos que 5 animais pertencentes às conexões da Coolmore. Dentre eles, Kew Gardens (Galileo), que retorna à França – onde venceu o Grand Prix de Paris (gr.I), neste ano – após conquistar o St. Leger Stakes (gr.I), na Grã-Bretanha. Encilhado pelo treinador recordista de vitórias no Arco, André Fabre (até aqui detentor de 7 primeiros lugares), Waldgeist (Galileo) deixou impressão das melhores na preparatória do Prix Foy (gr.II). O ganhador da Breeders’ Cup Turf (gr.I), Talismanic (Medaglia d’Oro), e o atual derby winner francês, Study of Man (Deep Impact) são outros nomes de realce.
Defoe, Salouen, Capri, Way To Paris, Cloth of Stars, Tiberian, Clincher, Neufbosc, Patascoy, Louis D’Or, Hunting Horn, Nelson e Magical são os demais inscritos.
Além do Arco, outras 5 provas de G1 compõem a jornada máxima do turfe francês: o Prix l’Opera (2.000m/grama, para éguas de 3 e mais anos), o Prix de la Foret (1.400m/grama, para produtos de 3 e mais anos), o Prix de l’Abbaye de Longchamp (1.000/grama, para produtos de 2 e mais anos), o Prix Marcel Boussac (1.600m/grama, para potrancas de 2 anos) e o Prix Jean-Luc Lagardere (1.600m/grama, para produtos de 3 anos). Na véspera, a reunião sabatina contará com 5 corridas graduadas, com destaque para os 4.000 metros do Prix du Cadran (gr.I).