Nesta terça-feira (13), em Londres, foi realizada a cerimônia dos Cartier Awards 2018, premiação que celebrou os melhores animais do turfe europeu, em 2018. No momento mais aguardado da noite, Roaring Lion foi anunciado como vencedor na categoria de Cavalo do Ano. Foi, também, eleito Melhor Potro de 3 anos.

Criado no Kentucky por RanJan Racing, Roaring Lion (nascido em 2015) foi adquirido, um ano depois, pela Qatar Racing, no Keeneland September Sales, pelo valor de US$ 160 mil. Enviado à Europa, foi direcionado às cocheiras de John Gosden, sob os cuidados de quem desempenhou toda a sua campanha, composta por 13 saídas desempenhadas aos 2 e 3 anos.

Aos 2 anos, venceu o Royal Lodge Stakes (gr.II) e formou a dupla no Racing Post Trophy (gr.I). Foi aos 3 anos, porém, que Roaring Lion revelou-se animal de exceção. Enfileirou vitórias no Queen Elizabeth II Stakes (gr.I), no Eclipse Stakes (gr.I), no International Stakes (gr.I) e no Irish Champions Stakes (gr.I). Finalizou, ainda, em terceiro no Epsom Derby (gr.I). Por fim, na sua primeira atuação fora de domínios europeus, bem como a primeira no dirt, o filho de Kitten’s Joy e Vionnet (Street Sense) foi o décimo quarto na Breeders’ Cup Classic (gr.I) vencida por Accelerate, em Churchill Downs, no último dia 3 de novembro. A exibição marcou sua despedida das pistas. Roaring Lion servirá no Tweenhills Stud (Inglaterra) em 2019.

Roaring Lion figurou como o segundo norte-americano a vencer a maior premiação do turfe europeu desde Fantastic Light, em 2001. Sob outro foco de análise, foi o quarto pupilo de John Gosden a conquistar a honraria, nos últimos 5 anos. Gosden também é o treinador da craque britânica Enable, que era cravada, por muitos, como virtual vencedora – pelo segundo ano consecutivo – do prêmio de Cavalo do Ano.

Tendo corrido apenas duas vezes na Europa, em 2018 (September Stakes (gr.III) e Prix l’Arc de Triomphe (gr.I)), Enable talvez tenha sido penalizada, justamente, em razão do baixo número de saídas – as quais foram completadas por uma retumbante vitória na Breeders’ Cup Turf (gr.I). A corredora da Juddmonte Farms, porém, restou agraciada com o troféu de Melhor Animal de 4 anos e mais idade.

Criada no Kentucky pela Three Chimneys Farm, do brasileiro Gonçalo Torrealba, Skitter Scatter (Scat Daddy), que venceu o Moyglare Stakes (gr.I), restou condecorada com o título de Melhor Potranca de 2 anos. No prêmio correspondente, destinado aos machos, outro invicto: Too Darn Hot (Grã-Bretanha), que encerrou a temporada vencendo o Dewhurst Stakes (gr.I).

Já retirada à reprodução, a expressiva Alpha Centauri (Irlanda), que venceu provas de G1, contra machos e fêmeas, em 3 países diferentes, restou eleita a Melhor Potranca de 3 anos. Stradivarius (Irlanda), invicto em 5 saídas produzidas no ano de 2018 – dentre as quais, a vitória na Ascot Gold Cup (gr.I) – recebeu o prêmio de Melhor Fundista. E Mabs Cross (Grã-Bretanha), que brilhou no festival do Arco ao vencer o Prix l’Abbaye de Longchamp (gr.I), venceu como Melhor Velocista.