GP São Paulo: Mário André enfileira cocheira do Jaguarete nos melhores páreos do festival
Treinador mira sua primeira vitória na prova máxima paulista; Boris do Jaguarete é sua cartada
O ex-jóquei, e atual treinador, Mário André, é o segundo colocado na estatística dos profissionais de sua classe, no Jockey Club de São Paulo. Além do bom desempenho pelo número de vitórias - 29 até aqui -, André é frequentador assíduo da chamada clássica local. E no festival do Grande Prêmio São Paulo 2017, não será diferente. Na prova principal do fim de semana, o profissional gaúcho encilhará Boris do Jaguarete, pertencente à coudelaria homônima, e deverá, inclusive, ser um dos favoritos da prova.
"O Boris do Jaguarete, na corrida preparatória, sofreu um bocado com a falta de train. O ritmo foi muito lento, e na reta de chegada para ultrapassar o Pau-Rei de Birigui, que foi o ganhador, ele teria que emplacar finais que 'não existem'", comenta o treinador acerca da apresentação de seu pupilo no Grande Prêmio Oswaldo Aranha (gr.II), em que terminou na segunda posição, atrás apenas de Pau-Rei de Birigui, que novamente estará em seu caminho.
"Trata-se de uma prova muito difícil, como todos sabem. É o páreo que todo profissional quer vencer, a 'cereja do bolo' no fim de semana. A Daffy Girl é uma égua extraordinária, que exige respeito. O Em Cima do Laço é um cavalo que anda muito bem, trabalhando bem e que eu também imagino que fará uma grande corrida, enfim, há animais muito bons no páreo. Mas estamos confiantes numa boa corrida do 'Boris' também".
Filho de Amigoni e Golden Medal (Roi Normand), Boris do Jaguarete será conduzido por Francisco Leandro no compromisso de logo mais. Das suas 4 vitórias obtidas até aqui, duas foram conseguidas em corridas preparatórias do GP São Paulo: primeiramente no Clássico Pres. Rafael A. Paes de Barros (L) e depois no Grande Prêmio 14 de Março (gr.III) - ambos em 2.400 metros na grama.
Ainda no domingo, André participará de outros dois importantes momentos da jornada. Na milha do Grande Prêmio Presidente da República (gr.II), o treinador irá de Bagio do Jaguarete (Public Purse); já no Grande Prêmio Pres. Guilherme Ellis (gr.III) - o embate das potrancas de 2 anos - sua tentativa será com Cléo do Jaguarete (Adriano).
"Na 'Milha', acredito que o Bagio do Jaguarete fará uma excelente apresentação. Ele segue em evolução, em ótima forma. Mas é um cavalo que precisa de briga lá na frente para atropelar. Então tudo vai depender do ritmo em que o páreo será corrido. Sem contar que o campo está muito equilibrado. Já a Cléo do Jaguarete é uma potranca que agora sobe na distância, e isso deverá fazer bem para ela. Ela não costuma impressionar nos matinais, mas ainda assim resolvemos inscrevê-la, em sua última corrida, na areia, para não perdermos o calendário. Hoje vemos que foi uma decisão equivocada de nossa parte. Mas é uma atuação para ser riscada de seu retrospecto, que não valeu. Respeito, principalmente, a potranca do Delmar, a Grécia Central, que fará uma forte parelha com a Garuda".
Na véspera do domingo mais aguardado do ano, todavia, André dará início à missão de frequentar as 4 mais cobiçadas provas do fim de semana. No Grande Prêmio ABCPCC (gr.I), o treinador será representado por uma das forças do páreo: o excelente Cônsul American (First American). E no Grande Prêmio OSAF (gr.I) será Betsy do Jaguarete (Emirates To Dubai), que ao encarar a primeira prova de G1 de sua campanha, contará com as expectativas do profissional.
"Torcemos por grama leve para o Cônsul American, que por mais que seja um velocista, é outro animal da cocheira que rende melhor quando pode correr contido, enquanto o train que se desenrola é mais brigado. O Wenzel Blade, mesmo reaparecendo, é um cavalo que dispensa comentários. O Perbene é outro de muita qualidade, o que já mostra que será um páreo duro, para todo mundo. Mas o Cônsul American estará com eles no final. Já a Betsy do Jaguarete fará a primeira corrida dela em prova de G1, e também a primeira nos 2.000 metros. Ela aceitou muito bem a distância nos trabalhos, não negou ração em nenhum dia, enfim, está pronta. Não há como negar, por outro lado, que a Very Nice Moon, por exemplo, é uma égua muito acima da média. Ela, juntamente da Veuve Fourny e da Friends of Gold, vai com muita força para o páreo", completa.