02 ago 2018 | 18:04:25

João Adhemar de Almeida Prado: o criador do craque Farwell

Destacado criador paulista empresta seu nome à Taça de Prata de machos, que promete embate eletrizante na Copa dos Criadores do próximo sábado.


Farwell: a maior das gemas da criação Almeida Prado.

Imagem: Divulgação JCB

Reconhecido pelo talento na condução de seus negócios – incluindo o extinto Banco de São Paulo – João Adhemar de Almeida Prado também se notabilizou como um exímio criador – e proprietário – de cavalos de corrida. Juntamente do irmão, Nelson, foi o responsável pelo surgimento de uma das maiores joias do turfe brasileiro, em todos os tempos: Farwell.

Nascido em 1956 e vitorioso em corridas disputadas dos 1.000 aos 3.000 metros, Farwell conseguiu a proeza de vencer as principais provas do país – Grandes Prêmios Brasil e São Paulo – além de ter se tornado tríplice coroado, em Cidade Jardim. Depois de vencer as 15 corridas que disputou, em solo brasileiro, acabou amargando as únicas derrotas de sua vida, ao competir na Argentina. Em ambas as ocasiões (Grandes Prêmios Carlos Pellegrini e 25 de Mayo), teve no também brasileiro Escorial, seu algoz.

Os feitos de João Adhemar de Almeida Prado no turfe, contudo, não se resumem a Farwell. Por meio do Haras Jahú & Rio das Pedras, com seções de criação distribuídas entre Ibiúna e Paulínia, no interior de São Paulo, criou outros diversos corredores de grande destaque, como Adil (vencedor, por 3 vezes, do GP São Paulo), Campal (ganhador do GP Brasil) e Gastadora (uma das melhores fêmeas da década de 1980, no turfe brasileiro).

João Adhemar de Almeida Prado é homenageado, na Copa dos Criadores ABCPCC, por ocasião da Taça de Prata destinada aos potros de 3 anos, que leva o nome do histórico criador.

Black Cello busca a reabilitação, com grandes possibilidades.

Imagem: Gérson Martins

Marcada por panorama dos mais equilibrados, a prova tributo ao criador de escol, no próximo sábado (4), na Gávea, reserva – ao que tudo indica – grandes emoções ao público turfista. Mesmo vindo de sofrer rebate no Criterium de Produtos, Black Cello (por Put It Back, de criação do Haras Santa Maria de Araras e propriedade do Stud BL) possui plenas condições de dar a volta por cima e retomar a liderança da geração, na Gávea. Quem lhe derrotou, na citada prova de G1, foi Inforcer (por Shanghai Bobby, de criação do Haras Guayçara e propriedade do Stud Best Friends), até então perdedor, mas que confirmou, em cheio, todas as esperanças nele depositadas, desde a estreia.

Taksim (por Discreet Cat, de Carlos dos Santos), ao correr de frente, encantou na preparatória. Garbo Talks (por Put It Back, de criação do Haras Santa Maria de Araras e propriedade do Haras do Morro) é outro ganhador clássico que busca reabilitar-se no importante compromisso. Ainda que detentor de uma única vitória, em prova de turma, o badalado Pimper’s Paradise (por Put It Back, do Haras Doce Vale) poderá iniciar sua experiência clássica em alto estilo.

Lamartine (por Shanghai Bobby, do Stud Eternamente Rio), Olympic Ipswich (por Shanghai Bobby, do Haras Regina), Turnberry (por Forestry, de criação da Fazenda Mondesir e propriedade do Stud Mendonça), Stylish (por Forestry, do Haras São José da Serra), Rio Amazonas (por Salto, de criação de Roberto Belina e propriedade do Stud Yellow River) e Mateiro (por Redattore, do Haras Nacional) também comporão o lote de alto nível.

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