“Mister Paraná”: Kopenhagen emplaca bicampeonato na prova máxima do Tarumã
Pelo segundo ano consecutivo, arenático do Haras Springfield levanta o Grande Prêmio Paraná (G3), encerrando um jejum de mais de duas décadas sem um bicampeão da prova máxima local.
Lá se iam mais de 26 anos desde a vitória de Soft Gold, no Grande Prêmio Paraná de 1996, quando Kopenhagen, 6 anos, filho de Midshipman e Left Handed (Vettori), de criação e propriedade do Haras Springfield venceu, neste domingo (4), em Curitiba, pela segunda vez consecutiva, a prova máxima do turfe local.
O páreo, disputado no Tarumã, por produtos de 3 e mais anos, foi corrido na distância dos 2.000m na raia de areia (pesada).
Muito se especulava e muita curiosidade havia entre o seguinte dilema: quem seria mais rápido, após a largada, Cyrus Storm ou Kopenhagen?
No abrir do partidor, foi Cyrus Storm quem, forçando pela linha um, tomou a ponta. Ele trazia 2 corpos sobre Kopenhagen, na passagem inaugural pelo disco. Logo na curva da direita, porém, notava-se o arranque de El Kin, que, instigado por Jeane Alves, fez questão da ponta, antes mesmo de o lote alcançar a reta oposta.
Faltando 1.400 metros para o disco, El Kin trazia 4 corpos de vantagem sobre Cyrus Storm. Kopenhagen, “colado” no segundo, era o terceiro. Jorel’s Brother, Drautec, Campelanda e Toca Maradona vinham depois. Na cabeceira da curva, Henderson Fernandes deu rédeas a Kopenhagen que, passando por Cyrus Storm, avançou sobre El Kin e tomou conta do páreo ainda na altura dos últimos 800 metros. Drautec passava para terceiro, uma vez que Cyrus Storm havia sobrado, momentaneamente, para quarto.
Recuperando seu embalo, Cyrus Storm reagiu na entrada da reta final, partindo para cima de Kopenhagen. A 400 metros do disco, os dois encontravam-se lado a lado, na promessa de um tremendo duelo. De fato, o “pega” perdurou até a placa dos 200 finais, altura em que Kopenhagen, no rigor de Fernandes (este partia para a conquista do seu terceiro "Paraná"), desvencilhou-se do oponente e fugiu para o espelho. Drautec, que obteve colocações em todas as provas da tríplice coroa paulista, voltou a render bem, formando a dupla a 3 corpos. Campelanda, sempre conferindo, repetiu o resultado de 2021 e ficou com a terceira posição. Cyrus Storm foi o quarto e Jorel’s Brother o quinto.
A seguir, El Kin e Toca Maradona.
Encilhando o ganhador do GP Paraná, pelo segundo ano consecutivo, Antenor Menegolo Neto enviou Kopenhagen à raia para que o corredor obtivesse a sua 14ª vitória, sendo a 7ª na esfera clássica, em 26 corridas. Protagonista de campanha praticamente perfeita para um arenático, enfileira conquistas das duas versões – carioca e paulista – do Clássico Delegações Turfísticas; do Derby Paranaense; da Pegasus Brasil e de outras provas graduadas disputadas na Gávea. Retrospecto que lhe rendeu, em 2021, o Troféu Mossoró de Melhor Arenático do Brasil.
Excelente a marca de 2:07.21, que deixou Kopenhagen a menos de 1s do recorde de Victory Is Ours, assinalado no “Paraná” de 2013, com o tempo de 2:06.70.