24 jun 2024 | 07:45:16

Para toda a emoção do GP Brasil (G1) - Pixbet, um emocionante Obataye

Defensor do Haras Rio Iguassu consagrou sua campanha, com vitória obtida na prova máxima do Jockey Club Brasileiro.


Obataye foi o maior protagonista da tarde festiva, na Gávea.

Imagem: Sylvio Rondinelli/Divulgação JCB

No momento mais aguardado, de todo o ano, no Jockey Club Brasileiro, produtos de 3 e mais anos disputaram, neste domingo (24), o Grande Prêmio Brasil (G1) - Pixbet, em 2.400m na raia de grama (leve), com mais de R$ 300 mil ao vencedor. Num êxito repleto de significados, venceu Obataye, 3 anos, filho de Courtier e Surfi'N USA (Crimson Tide), de criação do Haras Palmerini e propriedade do Haras Rio Iguassu.

Antes da largada, muito se especulava sobre uma possível falta de train, pela suposta ausência de animais tidos como "ligeiros". Dado o pique de partida, contudo, vários animais buscaram a primeira colocação. Dentre eles, em definitivo, foi Olympic Kremlin quem assumiu a dianteira. Completando o disco, na primeira volta, Chernozem e Keep Legendary passaram pelo ponteiro.

No início da reta oposta, Olympic Kremlin voltou a carga sobre os dois oponentes, retomando a primeira colocação.

Online era o quarto. Underpants e To Sir With Love, ambos defensores do Haras Doce Vale, acionavam em quinto e sexto, respectivamente. 

Desta feita correndo mais poupado, do que se comparado com a sua atuação no GP São Paulo (G1), Obataye era o décimo colocado.

Na entrada da reta final, To Sir With Love "cresceu" para cima dos ponteiros. Por dentro dele, Olympic Kremlin insistia em persistir na briga. A 400 metros do disco, então, notou-se a potente arrancada de Obataye. 

Exigido por João Moreira, Obataye, por bem da verdade, não encontrou severas dificuldades em deixar os ponteiros para trás. A 150 metros do disco, o corredor já trazia 1 corpo todo de vantagem, na primeira posição, só tendo feito aumentar essa margem, até o disco. Numa vitória irretocável, Obataye derrotou To Sir With Love, de excelente atuação, por 1 corpo e 1/4. Olympic Kremlin, que também rendeu uma enormidade, foi o terceiro. Online e Mapa do Brasil completaram o marcador.

A seguir, Underpants, Quantify, L'Ente Supremo, Maximum Drive, Kenlova, Fly Emirates, Bubbly Rain, Chernozem, Olympic National, Keep Legendary e Escher.

Revelado no treinamento de animais de cancha reta, Antônio Marcos Oldoni entrou para a história como o primeiro treinador radicado em Curitiba/PR a vencer a prova expoente do turfe fluminense. Apelidado, pela maior parte de seus colegas e admiradores, de "Cavaco", o caprichoso profissional rendeu à sua meteórica trajetória, um dos troféus mais cobiçados do turfe sul-americano. Em 2004, Thignon Boy venceu o GP Brasil, sob inscrição de (então radicado no Hipódromo do Tarumã) de Jairo Borges, mas, na véspera de seu compromisso máximo, encontrava-se no CT Verde Preto, em trânsito. 

João Moreira, por sua vez, tornou-se bicampeão do GP Brasil, dado que, em 2023, foi ele o jóquei do ganhador Raptor's. Com Obataye, contudo, a história do bridão é ainda mais intensa: o animal foi de sua propriedade, durante a primeira metade de sua campanha, aos 2 e 3 anos, tendo sido adquirido, posteriormente, pelo seu atual proprietário.

Primeiro animal criado pelo Haras Palmerini a vencer o GP Brasil, Obataye também adornou a estante do Haras Rio Iguassu com o até então inédito e, agora, seu mais importante troféu. Seja nas canchas retas, seja nos momentos mais contundentes do classicismo do turfe brasileiro, a coudelaria da Família Pelanda é motivo de celebração e vitórias, por onde quer que passe. Se, há 13 anos, Jéca (muitas vezes apontado como o melhor animal do Haras Rio Iguassu, em todos os tempos) "bateu na trave", em páreo vencido por Belo Acteon, desta feita, não houve quem parasse Obataye.

Em 10 corridas, Obataye obteve 6 primeiros lugares. Também vencedor dos Grandes Prêmios Paraná (G3), 14 de Março (G3) e Linneo de Paula Machado, completou a milha e meia na marca de 2:29.18.

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