18 jan 2020 | 00:48:08

Pedigree & Black Type: os Ganhadores Clássicos no Brasil

Nesta semana: Amor Total e Intuição.


Amor Total: Put It Back e Quite A Bride (Stormy Atlantic).

Imagem: Sylvio Rondinelli/Divulgação JCB

Neste ano de 2020, o website da ABCPCC passará a abordar, a cada disputa black type (listed, provas de grupos III, II e I) os pedigrees dos seus ganhadores. Na primeira publicação, aparecem Amor Total e Intuição, que venceram, respectivamente, os Grandes Prêmios José Buarque de Macedo (gr.III) e Roger Guedon (gr.III), no último final de semana, na Gávea.

Amor Total (criação do Haras Santa Maria de Araras e propriedade do Stud Eterno Amor) descende do norte-americano Put It Back (Honour and Glory e Miss Shoplifter, por Exuberant). Vencedor de G2 (Riva Ridge Stakes, em Belmont Park, na distância de 1.400 metros, dirt), em campanha, revelou-se importação mais do que bem sucedida, do Haras Santa Maria de Araras, tendo obtido, até aqui, por 3 vezes, o Troféu Mossoró de Melhor Reprodutor.

Sem prejuízo de sua prole estrangeira, Put It Back produziu 11 ganhadores individuais, de G1, no Brasil. Dentre eles, Bal A Bali, que campanha inigualável em solo nacional e que nos Estados Unidos tornou-se múltiplo ganhador de G1. Atualmente, garanhão da Calumet Farm, no Kentucky.

A mãe de Amor Total, Quite A Bride (Stormy Atlantic) é uma norte-americana, criada pelo Haras Santa Maria de Araras – para quem desenvolveu campanha das mais produtivas, no hemisfério norte. Múltipla ganhadora de stakes (com mais de US$ 870 mil em prêmios), chegou a ser recordista dos 1.700 metros, na grama, em Churchill Downs. Na reprodução, além de Amor Total, Quite A Bride deu à luz outro elemento clássico: a norte-americana Dona Flor (Dynaformer), segunda colocada no GP Oswaldo Aranha (G2).

A primeira mãe de Quite A Bride, Wise Bride (Blusging Groom), é avó materna da excepcional Ashado (Saint Ballado), de 12 vitórias e mais de US$ 3,9 milhões em prêmios. Ashado venceu nada menos do que 7 provas de graduação máxima, incluindo o Kentucky Oaks (gr.I) e a Breeders’ Cup Distaff (gr.I). Em 2005, ao ser arrematada por US$ 9 milhões, pela Darley, no Keeneland November Sale daquele ano, tornou-se a primeira reprodutora a alcançar tal soma, num leilão.

Intuição (Wild Event e Jerez, por Gilded Time).

Imagem: Sylvio Rondinelli/Divulgação JCB

Intuição, por sua vez, descende de outro estandarte – a exemplo de Put It Back – do Haras Santa Maria de Araras: Wild Event (Wild Again e North of Eden, por Northfields), que em campanha venceu, além de outros 9 páreos, o Early Times Turf Classic S. (G1), nos Estados Unidos. Wild Event chegou a produzir stakes winners, em seu país natal, antes de embarcar para o Brasil. Foi radicado aqui, contudo, que atingiu números incríveis. Wild Event foi eleito, por 5 vezes, Melhor Reprodutor, no Troféu Mossoró.

Trazendo negrito em sua campanha (terceira colocada no GP Mariano Procópio [G3], na Gávea), a mãe de Intuição, Jerez (Gilded Time) tem como genitora Maria Star (Ghadeer), ganhadora de duas corridas, na Gávea, e mãe da múltipla ganhadora de G2, Hope (Know Heights). Maria Star, por sua vez, descende de uma “gema” da criação Pemale: Exclusive Star (Nindiana), égua de 5 vitórias, incluindo o Grande Prêmio Diana (G1), na Gávea, no ano de 1995. Em pista, sua filha mais profícua foi Mania Star (Blush Rambler), de 4 vitórias, incluindo êxitos em páreos de G2 e G3.

Trata-se de linha materna estabelecida no Brasil por José Mariano Raggio, quando trouxe da Argentina, para o seu Haras Sideral, na década de 1970, Dulciana (por El Virtuoso, a 4ª mãe de Intuição), uma representante da criação Abolengo. Dulciana é irmã materna de Dulcia (Gran Atleta), que entre Palermo e San Isidro obteve uma série de vitórias clássicas, antes de demonstrar, além-mares, seus dotes de corredora de exceção. No Brasil, Dulcia venceu o GP Presidente da República (G1) do ano de 1974, em Cidade Jardim, tendo escoltado a Indaial na versão carioca do páreo, disputada no mesmo ano. Nos Estados Unidos, dentre outra provas, conquistou o Vanity Handicap (G1).

Por Victor Corrêa

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