26 dez 2020 | 22:14:35

Pedigree & Black Type: os Ganhadores Clássicos no Brasil - 26ª Edição

Nesta edição: Head Office, Karol King, Perigoosa e Olympic Jhonsnow.


Head Office

Imagem: Porfírio Menezes/Divulgação JCSP

Head Office – Criação: Haras Santa Maria de Araras – Propriedade: Stud Alessio & Naela

Grande Prêmio Ministro da Agricultura (G2) – 2.400m/grama – Produtos de 3 e mais anos – Cidade Jardim

Copa dos Campeões (G2) – 2.000m/grama – Produtos de 3 e mais anos – Cidade Jardim

Um dos principais nomes do turfe paulista, em 2020, Head Office é filho de Wild Event (Wild Again e North of Eden, por Northfields), de 9 vitórias, nos Estados Unidos, incluindo o Early Times Turf Classic S. (G1), nos Estados Unidos. Wild Event chegou a produzir stakes winners, em seu país natal, antes de embarcar para o Brasil. Foi radicado aqui, contudo, que atingiu números incríveis. Wild Event foi eleito, por 5 vezes, Melhor Reprodutor, no Troféu Mossoró.

Criterion

Imagem: www.abc.net.aus

A mãe de Head Office, Corticeria (Giant`s Causeway) foi importada inédita, dos Estados Unidos, pelo Haras Santa Maria de Araras. Sua mãe, Restraint (Unbridled`s Song), produziu o ganhador de G2, segundo em G1 e posteriormente reprodutor, Hold Me Back. Produtora da ganhadora de listed Folia de Domingo, Salle de Bain é outro produto de Restraint que merece destaque.

Terceira mãe de Head Office, Avowal (L`Enjoleur) foi Champion Sprinter e Champion 3yo Filly, no Canadá, em 1982. Revelou-se múltipla produtora clássica e figura como 4ª mãe de Criterion, vencedor do Australian Derby (G1) e de outras 4 provas de graduação máxima.

Menção especial, ainda, para Alpoise (Equipoise), a 7ª mãe de Head Office. Trata-se da avó materna de ninguém menos que Tom Fool, um dos melhores sprinters norte-americanos de todos os tempos – e que, como reprodutor, liderou as estatísticas de avôs maternos, no eixo Inglaterra e Irlanda, na década de 1960. Alpoise também é avó materna de Aunt Jinny, Champion 2yo Filly norte-americana de 1950 e produtora clássica.

Inbreedings de Head Office: Northern Dancer (4x5) e Nearctic (4x5). Família 3-j.

Karol King

Porfírio Menezes/Divulgação JCSP

Karol King – Criação: Haras São José da Serra – Propriedade: Stud Coral Gables

Grande Prêmio Presidente José Bonifácio Coutinho Nogueira (G2) – 2.400m/grama – Éguas de 3 e mais anos – Cidade Jardim

Dona de um estilo de corrida capaz de ser suportado e executado, apenas, por animais de alto gabarito, a veloz e resistente Karol King descende de Rock of Gibraltar (Danehill e Offshore Boom, por Be My Guest) encerrou o ano de 2002 enquanto dono do rating mais alto do mundo, após vencer 7 provas de G1 consecutivas. Na reprodução, ultrapassou a marca de 15 ganhadores individuais de graduação máxima, entre hemisfério norte e hemisfério sul. No Brasil, destacou-se por Gibraltar Point, dual G1 winner, e Quarteto de Cordas, vencedor do GP Brasil (G1).

Mãe de Karol King, Sagacita (Redattore), que, em campanha, argolou diversas colocações clássicas, já havia produzido a ganhadora de G2, Mandinga. A segunda mãe, Sarada (New Colony), deu à luz Salto Olímpico (Holy Roman Emperor), vencedor do GP Jockey Club de São Paulo (G1) e posteriormente exportado para Hong Kong. A terceira, Sweet Mind (Baligh), produziu os arenáticos, múltiplos ganhadores clássicos, Starman (Trempolino) e Sixteen Tons (Pioneering).

Sweet Honey

Imagem: Arquivo

E na condição de quarta mãe de Karol King, surge a maior joia da criação São José da Serra, em todos os tempos: Sweet Honey (Egoísmo), uma múltipla ganhadora de G1 e igualmente múltipla produtora de G1. A alazã de Sérgio Meneses é uma das mais profícuas reprodutoras da história da criação nacional, operando, ainda, como avó materna, terceira e quarta mãe de inúmeros ganhadores clássicos. Trata-se de linha materna importada da França, pelo Haras Ipiranga, na década de 1950, por meio de Portoire (Priam).

Inbreedings de Karol King: Northern Dancer (4x4), Buckpasser (5x5), Prince John (5x5) e Ramussen Factor em Natalma (5x5x5) – Família 8-f

Perigoosa – Criação e Propriedade: Haras Doce Vale

Grande Prêmio Marciano de Aguiar Moreira (G2) – 2.400m/grama – Éguas de 3 e mais anos – Gávea

Perigoosa

Imagem: Sylvio Rondinelli/Divulgação JCB

Após conquistar o “Brasil das Éguas”, Perigoosa voltou a somar êxito clássico, em nova conquista para o rol de produtos de Public Purse (Private Account e Prodigious, por Pharly), que trouxe ao Brasil um retrospecto de 7 vitórias em 14 corridas. Destaque, dentre seus êxitos, para aqueles conquistados nos San Marco Handicap (G2), no Prix Maurice de Nieuil (G2) e no Jean de Chaudenay (G2), além de ter obtido um terceiro na Dubai World Cup.

Com sua primeira geração nascendo em 2003 e a última em 2016, Public Purse revelou 10 ganhadores individuais de graduação máxima. Atualmente em Hong Kong, Cash do Jaguarete talvez tenha sido seu mais destacado produto, o que ocorreu, diga-se, sob brava concorrência: nessa lista constam, ainda, nomes como os de Celtic Princess e Aerosol – este último que hoje milita, na reprodução, ao lado de Alcorano e Holding Glory, outros chamarizes da produção de Public Purse.

Perigoosa é filha de I’m A Lady (Wild Event), de 1 vitória na Gávea e que, a exemplo de Bye Bye Caroline tem como mãe a incrível Onefortheroad (Ghadeer) excelente corredora e ainda mais histórica enquanto matriz, no legado do Haras Doce Vale. Onefortheroad venceu, em campanha, dentre outras provas, o Grande Prêmio Diana (G1), em São Paulo, tendo se revelado múltipla produtora (incluindo os G1 winners, Ay Caramba, Éissoaí e Flymetothemoon) e avó materna de ganhadores clássicos.

Onefortheroad

Imagem: Arquivo

Já aposentada, Onefortheroad encerrou sua produção com 27% de produção clássica, sendo que seus 3 ganhadores black type obtiveram sucesso, justamente, em provas de G1. Além disso, 37% de suas filhas geraram ganhadores individuais de G1. Ao todo, há 8 ganhadores individuais de G1 que contam com Onefortheroad em alguma altura de seu pedigree.

A terceira mãe de Perigoosa é outra fortaleza da criação nacional: Court Lady (Locris), a exemplo de Onefortheroad uma múltipla ganhadora clássica, incluindo o Grande Prêmio OSAF (G1), múltipla produtora clássica (dentre aqueles que venceram G1, além de Onefortheroad, produziu Runforthedoe) e avó materna de diversos elementos clássicos, no Brasil e no exterior.

Importada na década de 1970, da Inglaterra, pelo Haras Sideral, a irlandesa Redbrick (Crepello) representa a gênese dessa poderosa vertente “abrasileirada” da aludida linha materna. Trata-se de uma neta de Rosalba (Court Martial), que venceu os Coronation Stakes (G1) e Queen Elizabeth II Stakes (G1).

Inbreedings de Perigoosa: Lyphard (4x4) e Northern Dancer (5x5x5). Família 26.

Olympic Jhonsnow – Criação e Propriedade: Haras Regina

Olympic Jhonsnow

Imagem: Sylvio Rondinelli/Divulgação JCB

Grande Prêmio Gervásio Seabra (G2) – 1.600m/grama – Produtos de 3 e mais anos – Gávea

Tendo bisar, na esfera clássica, o sucesso obtido no GP Presidente da República (G1), Olympic Jhonsnow tornou, ainda mais incríveis, os números de Agnes Gold (Sunday Silence e Elizabeth Rose, por Northern Taste). Em campanha, no Japão, Agnes Gold foi à raia por 7 vezes, convertendo 4 delas em vitórias. As principais, em duas listed races.

Após 3 temporadas servindo, como garanhão, naquele país, Agnes Gold veio ao Brasil, em 2009. Conta com 9 ganhadores de graduação máxima, no stud record: Abu Dhabi, Antonella Baby, Abidjan, Energia Fribby, Hevea, Ivar, Mais Que Bonita, Silence Is Gold e o próprio Olympic Jhonsnow.

A mãe de Olympic Jhonsnow, Je Suis Belle (Crimson Tide), obteve 3 vitórias na Gávea e foi negritada ao finalizar, em terceiro, em listed. Antes de Olympic Jhonsnow, já havia dado à luz Olympic India, vencedora da Copa Japão de Turfe (G3), em Cidade Jardim.

Satono Walkure

Imagem: JRA.com

A segunda mãe de Olympic Jhonsnow, Ascot Belle (Falcon Jet) foi um dos bons valores da geração feminina de 1999, na Gávea, onde conquistou os Clássicos Octavio Dupont (L) e Armando Rodrigues Carneiro (L). Na reprodução, logo em sua primeira cria, originou a excelente Here To Win, uma múltipla produtora de G1, na África do Sul, e ganhadora de G3 nos Estados Unidos. Como matriz, Here To Win revelou Satono Walkure, que venceu prova de G2 no Japão.

Importada dos Estados Unidos, pelo Haras Santa Ana do Rio Grande, a terceira mãe de Olympic Jhonsnow, Indian Blossom (Fred Astaire) desenvolveu campanha de bom padrão, com 6 vitórias e um segundo lugar no Grande Prêmio OSAF (G1), na Gávea. A quarta mãe, Floral Blossom (Diplomat Way), destacou-se pelo múltiplo ganhador graduado – e mais de US$ 900 mil em prêmios – Exclusive Partner.

Inbreedings de Olympic Jhonsnow: Northern Dancer (4x4). Família 20.


por Victor Corrêa

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