05 jun 2020 | 00:10:37

Pedigree & Black Type: os Ganhadores Clássicos no Brasil – 9ª Edição

Nesta edição: Karol King, Royal Forestry e Le Courtier.


Na retomada dos ganhadores clássicos, no Brasil, em 2020, o foco volta a Cidade Jardim.

Karol King

Imagem: Porfírio Menezes/Divulgação JCSP

Karol King – Criação: Haras São José da Serra – Propriedade: Stud Coral Gables

GP Prefeito Fábio da Silva Prado (G2) – 2.000m/grama – Éguas de 3 e mais anos – Cidade Jardim

GP José Paulino Nogueira (G3) – 2.400m/grama – Éguas de 3 e mais anos – Cidade Jardim

Polivalente, sem escolher pista nem distância, Karol King firmou-se como a mais destacada égua, do turfe paulistano, no primeiro semestre do ano de 2020.

O pai de Karol King, Rock of Gibraltar (Danehill e Offshore Boom, por Be My Guest) encerrou o ano de 2002 enquanto dono do rating mais alto do mundo, após vencer 7 provas de G1 consecutivas. Na reprodução, ultrapassou a marca de 15 ganhadores individuais de graduação máxima, entre hemisfério norte e hemisfério sul. No Brasil, destacou-se por Gibraltar Point, dual G1 winner, e Quarteto de Cordas, vencedor do GP Brasil (G1).

Mãe de Karol King, Sagacita (Redattore), que, em campanha, argolou diversas colocações clássicas, já havia produzido a ganhadora de G2, Mandinga. A segunda mãe, Sarada (New Colony), deu à luz Salto Olímpico (Holy Roman Emperor), vencedor do GP Jockey Club de São Paulo (G1) e posteriormente exportado para Hong Kong. A terceira, Sweet Mind (Baligh), produziu os arenáticos, múltiplos ganhadores clássicos, Starman (Trempolino) e Sixteen Tons (Pioneering).

E na condição de quarta mãe de Karol King, surge a maior joia da criação São José da Serra, em todos os tempos: Sweet Honey (Egoísmo), uma múltipla ganhadora de G1 e igualmente múltipla produtora de G1. A alazã de Sérgio Meneses é uma das mais profícuas reprodutoras da história da criação nacional, operando, ainda, como avó materna, terceira e quarta mãe de inúmeros ganhadores clássicos. Trata-se de linha materna importada da França, pelo Haras Ipiranga, na década de 1950, por meio de Portoire (Priam).

Inbreedings de Karol King: Northern Dancer (4x4), Buckpasser (5x5), Prince John (5x5) e Ramussen Factor em Natalma (5x5x5) – Família 8-f

Royal Forestry

Imagem: Porfírio Menezes/Divulgação JCSP

Royal Forestry – Criação: Haras Belmont Ltda. – Proprietário: Stud Fenômeno

GP Chanceler Oswaldo Aranha (G3) – 2.200m/areia – Produtos de 3 e mais anos – Cidade Jardim

Arenático do primeiro escalão do turfe paulista, Royal Forestry somou nova vitória black type, para sua campanha.

Trata-se de um componente da primeira geração brasileira de Forestry (Storm Cat e Shared Interest), que, após ser adquirido, enquanto yearling, por US$ 1,5 milhão, viria a obter, em campanha, 7 primeiros lugares em 11 saídas. Seu êxito de maior destaque ocorreu por conta do King’s Bishop Stakes (G1), em Saratoga, aos 3 anos. Filho de uma ganhadora de G1, que também produziu a ganhadora da Breeders’ Cuo Juvenile Fillies (G1), Cash Run, Forestry foi levado à reprodução, no ano 2000.

Nos Estados Unidos, Forestry tornou-se múltiplo produtor de graduação máxima, incluindo – os atualmente reprodutores – Shackleford e Discreet Cat. Como avô materno, consta nos pedigrees, dentre outros, do vencedor do Kentucky Derby (G1), Nyquist. Forestry foi adquirido, em definitivo, por criadores brasileiros, no ano de 2014. Além de Royal Forestry, aqui produziu a ganhadora de G1 Hembra e os ganhadores clássicos, exportados, Wind of Change, Orpheus, Na Balada e Itaperuna.

Além de Royal Forestry, Bela Val – uma Val Royal que, em campanha, obteve colocações – também produziu o múltiplo ganhador clássico (incluindo G1) e recentemente exportado para os Estados Unidos, Royal Ship. A terceira mãe de Royal Forestry, Angra dos Reis (Purple Mountain) despontou como promissora arenática, nas cocheiras do Haras Rosa do Sul, vencendo duas corridas nessa pista, onde permaneceu invicta, num total de 3 atuações. Na cria, originou a ótima Aliysa, múltipla ganhadora clássica, na areia de Cidade Jardim. Em Dubai, Aliysa foi terceira colocada em G3 e nos Estados Unidos faturou o Squan Song Stakes (black type).

Angra dos Reis é filha de Lark Luciana (Tumble Lark), que também produziu o invicto Soberbo (Restless Jet), de campanha precocemente encerrada, porém ornamentada com o troféu, dentre outros clássicos, do GP João Adhemar de Almeida Prado – Taça de Prata (G1) de 1993. Lark Luciana, por sua vez, descende de Daintiness (Gay Garland), ganhadora de listed, em Cidade Jardim.

Inbreedings de Royal Forestry: Northern Dancer (4x5) e Bold Ruler (5x5). Rasmussen Factor: Crimson Saint (4x4) – Família 14-a.

Le Courtier

Imagem: Porfírio Menezes/Divulgação JCSP

Le Courtier – Criação: Stud Don Juan – Propriedade: Stud Nova República

Clássico Presidente Eduardo da Rocha Azevedo (L) – 1.200m/areia – Produtos de 2 anos – Cidade Jardim

Primeiro ganhador clássico, em pista de areia, da geração 2017, Le Courtier pertence à primeira geração de Courtier (Pioneerof The Nile e Soothing Touch, por Touch Gold), um norte-americano com a “etiqueta” da Juddmonte Farm, nascido em 2012. Em 9 saídas, nos Estados Unidos, obteve 3 vitórias, incluindo o Centaur Stakes (L).

A mãe de Courtier, muito embora perdedora, também produziu a múltipla ganhadora de G1 Emolient, além do stakes winner, segundo e terceiro colocado em provas de graduação máxima, Holfburg. Atualmente, Courtier encontra-se “na boca do povo”, à luz das vitórias de Dashing Court e Fast Jet Court, que, ao lado de Got Court e Le Courtier, são os outros ganhadores clássicos revelados pelo semental, neste primeiro semestre.

Encabeçando a linha baixa de Le Courtier, Adrya di Job (Job di Caroline) cumpriu campanha extensa e produtiva, em Cidade Jardim, argolando colocações em provas de G1 e G2. Sua mãe, Ibérica (Fast Gold), deu à luz, também, Dany di Runner (ganhadora de listed). A avó materna, Vem Querida (Purple Mountain), também é segunda mãe de Hyannis, vencedora de prova especial, em São Paulo.

A quinta mãe de Le Courtier, por sua vez, é Damascus Blade (Tumble Lark), égua fundamental da criação Rosa do Sul. Produziu, dentre outras, a excepcional Met Blade, que além de múltipla ganhadora de G1, também faz-se presente aos pedigrees de diversos corredores de exceção, a exemplo de seu filho, Blade Prospector.

Inbreedings de Le Courtier: Mr. Prospector (5x4) – Família 16-h.

por Victor Corrêa

Mais notícias

Enólogo confirma favoritismo na Prova Especial Formastérus

Alazão do Stud Sweet Dani mostrou adaptação ao percurso alentado.

City of Troy protagoniza espetáculo e quebra recorde no Juddmonte International Stakes (G1)

Potro norte-americano, que desenvolve campanha na Europa, ratificou sua condição de melhor animal do continente.

Penina, uma Going Somewhere, emplaca pule alta e garante novo êxito clássico

Corredora do Haras Phillipson rateou 27 por 1 no Clássico Presidente Edmundo Pires de Oliveira Dias (L).