Quem leva a 91ª edição do GP Brasil (G1) – PIXBET ?
Confira a série de reportagens especiais assinadas por Fernando Lopes, no website do Jockey Club Brasileiro, sobre as provas de G1 do festival do GP Brasil Pixbet 2023.
A 91ª edição do Grande Prêmio Brasil Pixbet (G1) é a atração central da reunião de domingo, 18 de junho, no Hipódromo da Gávea.
A icônica carreira em 2023 conta com o patrocínio de uma das maiores plataformas de apostas do país, a Pixbet. Disputada em 2.400 metros, pista de grama, o páreo terá bolsa de R$ 561 mil, com R$ 250 mil – fora o added – ao proprietário do ganhador, e ainda uma vaga na Breeders’ Cup Turf (G1), que será disputada, em Santa Anita, no dia 4 de novembro.
O campo de 2023 conta com 18 concorrentes, entre eles sete ganhadores de G1, inclusive um internacional através de Não Dá Mais, no GP Carlos Pellegrini (G1), campeão também dos GPs Derby Paulista, Juliano Martins e J.Adhemar de Almeida Prado; além dos dois vencedores do Cruzeiro do Sul – Derby Brasileiro (Olympic Kremlin e Raptor’s); Jorel (Copa ABCPCC Clássica – Matias Machline); Lah Lah Lah (GP Zélia Gonzaga Peixoto de Castro); Online (Francisco e Linneo Eduardo de P. Machado); e Lionel The Best (GP Ipiranga).
FATOS DO BRASIL 2023:
Três treinadores com animais no páreo somam 15 triunfos na prova magna do turfe nacional:
Venâncio Nahid: Flying Finn (1990); Velodrome (2005); Jeune-Turc (2009); Barolo (2015); My Cherie Amour (2016); e Pimper’s Paradise (2020).
Dulcino Guignoni: Straight Flush (2000); Queen Desejada (2001); Potri Road (2002); Belo Acteon (2011); e Bal A Bali (2014).
Luiz Esteves: Voador Magee (2017); Quarteto de Cordas (2018) e George Washington (2019 e 2021).
Entre os jóqueis, oito vitórias:
Jorge Ricardo – Falcon Jet (1992) e Much Better (1994)
Henderson Fernandes – Belo Acteon (2011) e George Washington (2021)
Waldomiro Blandi – Barolo (2015)
Wesley da Silva Cardoso – My Cherie Amour (2016)
Alexandre Correia – Pimper’s Paradise (2020)
Ruberlei Viana – Nautilus (2022)
Criadores:
Haras Santa Maria de Araras: Troyanos (1989) e Villach King (1991 e 1993), Aerosol (2013), Bal A Bali (2014)
Haras Doce Vale – My Cherie Amour (2016) e Pimper’s Paradise (2020)
Haras Santa Rita da Serra – Barolo (2015)
Stud Eternamente Rio – Didimo (2012)
Haras Anderson – Lord Marcos (2003)
Haras Phillipson – Quari Bravo (1998)
Proprietários:
Haras Doce Vale – My Cherie Amour (2016) e Pimper’s Paradise (2020)
Stud Happy Again – George Washington (2019 e 2021)
Haras do Morro – Quarteto de Cordas (2018)
Stud Eternamente Rio – Voador Magee (2017)
Haras Santa Rita da Serra – Barolo (2015)
Stud H & R – Belo Acteon (2011)
Haras Phillipson – Quari Bravo (1998)
Reprodutores:
Put It Back – Pimper’s Paradise (2020) e Bal A Bali (2014)
Vale ressaltar que My Cherie Amour, pai de To Sir With Love, venceu a carreira em 2016.
Irmãos
Limeira e Kung Fu são irmãos inteiros, filhos de Hat Trick e Ventura Baby (Belo Colony), e ambos criados pelo Haras Santa Rita da Serra.
Agora, vamos conhecer um pouco mais sobre os inscritos:
Raptor’s (3 anos, Hat Trick e Eurotrip, por Wild Event – Haras do Morro) – João Moreira/ Luiz Esteves – Recente ganhador do GP Cruzeiro do Sul – Derby Brasileiro (G1). Potro dos mais promissores da geração e que rende o máximo numa raia molhada. O pilotado de João Moreira, treinado pelo fantástico Luiz Esteves surge como uma das forças da icônica disputa.
Online (4 anos, Agnes Gold e Quebra-de-Braço, por Wild Event – Stud Eternamente Rio/ Stud Verde) – Henderson Fernandes/ Luiz Esteves – Cavalo de padrão espetacular, muito versátil e com sete vitórias, entre os 1.300 e 2.400 metros. Fez seu teste final para a carreira vencendo uma etapa da Taça Quati, o Clássico Coaraze, em bela exibição. Descolocado no Brasil 2022 (10º), quando era um dos mais cotados, este ano tem tudo para cumprir destacada performance. Nome de peso na competição.
Não Dá Mais (6 anos, filho de T.H.Approval e Espetacular, por Pitu da Guanabara – Haras Phillipson) – José Severo/ Antônio Flório Barbosa – Cavalo espetacular, com vitórias no Brasil, Argentina, França (St. Cloud e Chantilly) e Inglaterra (Kempton Park). Retornou ao Brasil e produziu espetacular performance no GP São Paulo (G1), finalizando na segunda posição, esnobando a readaptação ao país após “rodar o mundo”. Voluntarioso e duro na queda, retorna à Gávea – correu aqui no GP Jockey Club Brasileiro de 2019, vencido pela exportada Jolie Olimpica, descolocando-se (10º) – com chance de ferro.
To Sir With Love (3 anos, My Cherie Amour e Lady Charlotte, por Wild Event – Haras Doce Vale) – Alexandre Correia/ Venâncio Nahid – Segundo colocado no GP Francisco e Linneo Eduardo de Paula Machado e também no Cruzeiro do Sul – Derby Brasileiro, ambos de G1. Descansou após as provas da Coroa e chega tinindo ao Brasil. Encrenca certa para os rivais.
Jet Class (4 anos, Put It Back e Ensign First Class, por Wild Event – Haras Santa Maria de Araras/ Stud Instante Mágico) – Jorge Ricardo/ Venâncio Nahid – Um leão na milha, foi estendido por seu staff e cumpriu destacadas performances, terminando em terceiro no GP Escorial (G3) e segundo no Classico Coaraze (L.), quando abordou a milha e meia pela 1ª vez. Cada dia mais adaptado ao percurso, é concorrente de vulto, principalmente numa raia mais seca.
High Wire (4 anos, Agnes Gold e Fly By Wire, por English Channel – Haras Fronteira P.A.P./ Stud HRN) – Valdinei Gil/ Luiz Esteves – Uma das fêmeas do páreo. High Wire vem dominando com tamanha facilidade as disputas entre as fêmeas que seus responsáveis entenderam que ela merecia a chance de encarar os machos na maior prova do turfe nacional. Segundo informações, só atuará aqui – está anotada também no GP Roberto e Nelson Seabra – numa pista leve. Precisa ser encarada como uma das mais fortes concorrentes.
Jorel (4 anos, filho de Chronnos e Belle Tapit, por Tapit – Haras Anderson/ Stud Pedudu) – Dylan Silva Machado Ap.1ª/ Adelcio Menegolo – Um dos G1 winners do campo. Marca a primeira participação do aprendiz Dylan Machado no GP Brasil. A presença de animais velozes no páreo dificulta sua tarefa, porém tem mostrado bom desemprenho, mesmo “atuando engrossado”. Tem categoria para ser o “herói” da vez.
Limeira (3 anos, Hat Trick e Ventura Baby, por Belo Colony – Haras Santa Rita da Serra/ Stud Escorial) – Bruno Queiroz/ Teofilo Oliveira – Líder da Geração aos 2 anos, deu uma parada de quase um ano na campanha – entre abril de 2022 e março de 2023 – e, após corrida fraca na areia, finalizou quarto no Derby e venceu, em grande estilo, a preparatória, o GP Nove de Maio (G2). Potro muito corredor e que precisa ser olhado com atenção.
Olympic Kremlin (4 anos, Agnes Gold e Sweet Lemonade, por Lemon Drop Kid – Haras Regina/ Stud HRN) – Acedenir Gulart/ Luiz Esteves – Um dos Derby-winner do campo. Voltou a ser treinado pelo responsável do ponto alto da sua campanha e parece estar reencontrando aos melhores dias. Reapareceu com triunfo fácil na turma após mais de seis meses fora das raias, que o deixou no ponto para esta prova. Não lhe falta classe para ser o primeiro no espelho.
Maximum Drive (4 anos, Hat Trick e Clerico, por Elusive Quality – Haras Springfield) – José Aparecido/ Antenor Menegolo Neto (PR) – Favorito do GP São Paulo 2023, terminou na terceira colocação, finalizando com ótima ação, após demorar um pouco a embalar. Sua equipe é fantástica e convém respeita-lo.
Osprey (5 anos, Gober e Intimidating, por Siphon – Stud Barths) – Wilkley Xavier/ Luiz Esteves – Após seis meses afastado das pistas, secundou Limeira no trial. Mais aguerrido e agora defendendo novos interesses, pode conquistar o Brasil em sua terceira participação – 11º em 2021 e 9º em 2022. Cuidado com ele.
Lah Lah Lah (3 anos, Emcee e Macchiata, por Jump Start – Haras Santa Maria de Araras/ Stud Happy Again) – Marcos Ribeiro (SP)/ Alvaro Castillo – Levada em altíssima conta desde seus primeiros privados. Em sua única atuação na milha e meia, levantou o GP Zélia Gonzaga Peixoto de Castro – Haras Santa Maria de Araras (G1). Tem trabalhos excelentes para a carreira, leva peso de todos os rivais e seu staff está bastante confiante.
Playa Los Ingleses (5 anos, Gloria de Campeão e Anna Justi, por Amigoni) – Haras Fronteira P.A.P./ Stud Best Friends – Wesley da Silva Cardoso/ Carlos Alberto Silva – Cavalo de excelente padrão e que rende muito em ambos os terrenos. Estava sendo preparado para correr o Delegações e seus matinais levaram sua equipe a anota-lo aqui. Uma das pules altas da competição.
Escher (3 anos, Setembro Chove e Estoy Contigo, por Yagli) – Haras Interlagos Ltda. – Waldomiro Blandi /Marcus Aurélio – Parece correr mais a cada apresentação. Melhorou seu padrão quando alcançou as distâncias mais longas. Todavia, a parada é encardida enfrentando os principais cavalos do país. Rateio elevado.
King Four (4 anos, Siphon e Bela Val, por Val Royal) – Haras Basano/ Stud Angel – Ruberlei Viana (SP)/ Estanislau Petrochinski – Fácil ganhador do Delegações em Cidade Jardim. Conta com sete vitórias em sua campanha, sendo seis na areia e uma no gramado. Seu piloto é o atual campeão da prova e o fez surpreendendo com pule elevada.
Lionel The Best (5 anos, Christine’s Outlaw e Richezza Estrelada, por Wild Event) – Haras Palmerini/ Stud H&R – Matheus Aguiar/ Dulcino Guignoni – Reapareceu vencendo em fevereiro – após a desclassificação de Jargon – e depois decepcionou no Clássico Coaraze (L.). Volta no capricho de Dulcino Guignoni, que já venceu um Brasil para Aluizio Merlin, com Belo Acteon em 2011. Rateio elevado.
Kung Fu (4 anos, Hat Trick e Ventura Baby, por Belo Colony – Haras Santa Rita da Serra/ Stud Happy Again) – Anderson Paiva/ Alvaro Castillo – Quarto colocado no trial, o GP Nove de Maio (G2), em boa atuação. O páreo é duro e surge como opção de rateio maior.
Perignon (3 anos, Salto e Vejinha, por Choctaw Ridge) – Haras Figueira do Lago/ Stud AHA – Idevaldo Silva (SP)/ Oberdan S. Pereira (SP) – Sexto colocado no GP São Paulo 2023, encara uma pedreira contra os melhores cavalos do país. Um dos outsiders da prova.
Por Fernando Lopes
(Publicação extraída do website do Jockey Club Brasileiro)