Saiba quem é Equinox, o 3 anos que encerrou 2022 no topo do turfe japonês
Potro que bateu os mais velhos Arima Kinen (G1) do último domingo é alçado à condição de estrela maior do turfe japonês em 2022 – e esperança para 2023, no exterior.
No último domingo (25), produtos de 3 e mais anos disputaram, em Nakayama, o Arima Kinen (G1), em 2.500m na grama, com dotação de mais de ¥ 760 milhões (cerca de R$ 30 milhões). Por servir como o tira-teima de todo um ano, o páreo, não raramente, é preferido por proprietários e treinadores em detrimento da própria Japan Cup (G1), disputada ao final de novembro.
Desta feita, a vitória ficou com Equinox, um 3 anos, filho de Kitasan Black e Chateau Blanche (King Halo), de criação da Northern Farm e propriedade de Silk Racing Co.
Equinox, que foi conduzido pelo francês Christophe Lemaire, recebe o treinamento de Tetsuya Kimura. Respectivamente, eles conquistaram suas vitórias de G1 no Japão de números 43 e 4.
O laurel de Equinox foi marcado pela sua firmeza: pintando já como uma autêntica barbada, na última curva, o “cara branca” despachou seus adversários, no tiro direto. Boldog Hos formou a dupla dos mais novos, a 2 corpos e ½. Geraldina, uma filha da super craque Gentildonna, que, nessa temporada, havia vencido a Queen Elizabeth II Cup (G1), foi a terceira.
Uma das grandes esperanças do Japão no último Prix l’Arc de Triomphe (G1), Titleholder não passou do nono lugar. Logo atrás dele, em décimo, finalizou Vela Azul, que, recentemente, conquistou a Japan Cup (G1).
Essa foi a 4ª vitória de Equinox em 6 corridas. Na esfera clássica, também conquistou o Tenno Sho de Outono (G1, 2.000m/grama) e o Tokyo Sports Hai Nisai Stakes (G2, 1.800m/grama). Sua outra vitória ocorreu na estreia, em eliminatória para animais de 2 anos (1.800m/grama). Suas duas únicas derrotas ocorreram nos 2000 Guinéus do Japão (G1) e no Derby Japonês (G1), provas em que formou a dupla. Segundos lugares em páreos de graduação máxima, portanto, foram os seus "piores" resultados, até aqui.
O pai de Equinox, Kitasan Black (por Black Tide, este um Sunday Silence) foi, por duas vezes, eleito cavalo do ano (2016 e 2017) no Japão, por meio de uma excelente campanha, de 20 corridas e 12 vitórias, incluindo êxitos no Arima Kinen (G1) e na Japan Cup (G1). Com somas ganhas acima de ¥ 1 bilhão (mais de R$ 39 milhões), tornou-se o animal mais premiado da história do turfe japonês.
Não à toa, recobrou-se de expectativas o desempenho de Kitasan Black na reprodução. Logo em sua primeira geração, produziu Equinox, que se tornou o primeiro ganhador clássico produzido por Kitasan Black, bem como o seu primeiro ganhador de graduação máxima. Em 2022, Kitasan Black cobriu a ¥ 5 milhões (cerca de R$ 198 mil).
Já a mãe de Equinox, Chateau Blanche, foi uma corredora de 4 vitórias em 25 saídas, com destaque para êxito obtido em prova de G3. Seu primeiro produto, Weiss Meteor (King Kamehameha) nasceu em 2018 e conquistou 4 vitórias em 8 corridas, incluindo prova de G3 e listed, antes de desaparecer, precocemente, em razão de uma grave lesão. Logo na cria seguinte, a matriz deu à luz Equinox, performando, até aqui, com 100% de aproveitamento em termos de ganhadores clássicos originados a partir de sua breve (porém expressiva) prole.
Equinox despede-se de 2022, portanto, na condição de maior estrela do pujante turfe japonês. Ao mesmo tempo, mira no ano que se avizinha compromissos que poderão, enfim, coincidir com as maiores aspirações nipônicas no esporte. Caso tudo corra bem nos próximos 10 meses, o sonho, por muito pouco, não materializado por El Condor Pasa, Deep Impact e Orfevre, no passado, ganha, agora, um novo candidato ao seu estrelato.
por Victor Corrêa