Waldgeist banca o algoz de Enable no Prix l’Arc de Triomphe (gr.I)
Filho de Galileo (presente aos pedigrees dos 5 primeiros colocados) conquistou a prova máxima do turfe francês e evitou o inédito “tri” perseguido por Enable.
Disputado neste domingo (6), em Longchamp, o Prix l’Arc de Triomphe (gr.I), em 2.400m na pista de grama, com € 5 milhões de bolsa, poderia servir de palco para uma inédita terceira conquista de Enable, na prova máxima do turfe francês. Foi Waldgeist, contudo, quem roubou a cena.
Favorita dos apostadores e contando com a torcida da esmagadora maioria do público turfista, Enable tomou a ponta nos últimos 350 metros – para delírio dos presentes ao hipódromo parisiense. Em longa atropelada, Waldgeist surgiu, com perigo, na altura dos derradeiros 150 metros. Nos lances decisivos, Waldgeist passou por Enable, para comemorações de Pierre-Charles Boudot.
Enable, que formou a dupla por 1 corpo e ¾, “caiu de pé”. Amargou apenas a segunda derrota de sua campanha, em 15 saídas.
Sottsass, atual derby winner francês, foi o terceiro colocado. Japan e Magical, a parelha da Coolmore, completou o marcador e carimbou a supremacia de Galileo: o garanhão irlandês encontra-se presente nos pedigrees dos 5 primeiros colocados.
André Fabre, o treinador de Waldgeist, é o maior vitorioso, da respectiva classe profissional, na história do Arco: conquistou seu oitavo troféu. Aos 5 anos, filho de Galileo e Wladlerche (Monsun), criado na Grã-Bretanha por Waldlerche Partnership e de propriedade de Gestut Ammerland & Newsells Park Stud, Waldgeist obteve a décima vitória em 21 corridas. Vencedor do Criterium de Saint-Cloud (gr.I), do Grand Prix de Saint-Cloud (gr.I) e do Prix Ganay (gr.I), percorreu a milha e meia no tempo de 2:31.97.
A segunda mãe de Waldgeist, a alemã Waldmark, é uma filha de Mark of Esteem, garanhão com passagem pelo Brasil, em meados da década passada.