Como manda o figurino: Flight Time larga e acaba no GP Estado do Rio de Janeiro
Filho de Put It Back, pertencente a Black Opal Stud, confirmou favoritismo na abertura da tríplice coroa.
Prova que deu início à tríplice coroa de potros, na Gávea, o Grande Prêmio Estado do Rio de Janeiro (gr.I), em 1.600m na pista de grama (leve), para produtos de 3 anos, marcou, neste domingo (4), a vitória de Flight Time, filho de Put It Back e Quanto Carina (Wild Event), de criação do Haras Santa Maria de Araras e propriedade de Black Opal Stud.
O que muito se especulava – e tinha tudo para tornar, ainda mais árdua, a tarefa dos adversários de Flight Time – ocorreu: favorito, Flight Time esfuziou na vanguarda, após a largada, passando a ditar o ritmo do páreo, sem ser combatido. À distância, Juan Manuel Fangio (Rock of Gibraltar) e Arrocha (Pounced) vigiavam as movimentações do ponteiro. Red Spirit (Public Purse) e Highlander Again (Dubai Dust) completavam o lote dos cinco primeiros.
Depois, Or Noir (Soldier of Fortune), El Zorro (Drosselmeyer) e Quarteto de Cordas.
Na curva, a diferença que separava Flight Time dos demais, diminuiu. O castanho, entretanto, seguia mandando e desmandando na competição. Abordado o tiro direto, Ângelo Márcio Souza seguia de posição alta no dorso de Flight Time, enquanto que Arrocha, Juan Manuel Fangio e Or Noir – este rente à cerca interna – tentavam aproximar-se do ponteiro.
Logo se viu, porém, que Flight Time, ao manter o ótimo ritmo, se faria uma barreira intransponível no caminho dos adversários. Por mais que, nos lances decisivos, sua vantagem tenha diminuído, em momento algum se teve a impressão de que Flight Time perderia o páreo. Quarteto de Cordas atropelou para empatar com Arrocha, vindo de correr o Derby Paulista, na segunda colocação, a 1/4 de corpo de Flight Time. Or Noir (1 e ¼) e Juan Manuel Fangio (2 e ½) no complemento do placar.
Red Spirit, Highlander Again, El Zorro finalizaram na sequência.
Treinado por Roberto Solanés (também responsável pelo treinamento de Arrocha), Flight Time mantém-se invicto, após 4 apresentações. Vitorioso na Prova Especial Daião e no GP Júlio Cápua (gr.III), Flight Time registrou expressiva marca de 1:32.08 para a milha.
A mãe, Quanto Carina, passa a integrar o seleto rol de reprodutoras com 3 ganhadores individuais de G1, tendo em vista as produções anteriores de Baccelo e Dolemite. Sétima mãe de Quanto Carina, a britânica Betty (Teddy) foi trazida para a América do Sul em 1945, numa importação do Haras Chapadmalal, da família Martínez de Hoz.
Além de Quanto Carina, produziram 3 vencedores de graduação máxima, cada, as seguintes reprodutoras brasileiras: Fausse Monnaie (Absolute Ruler, Velvet Green e Durban Thunder), Imperatriz Vivi (Brazov, French Opera e Prince Ali), Ocasião (Cisplatine, Deep Blue e Indian Chris), Onefortheroad (Ay Caramba, Éissoaí e Flymetothemoon), Risota (Drambuia, Hello Riso e Rabat), Sweet Honey (Suspicious Mind, Sirena e Sweet Eternity), So Beauty (Country Baby, El Paso e Fool Around) e Uff-Uff (Fluke, Hunka Hunka e I Scream).