02 fev 2018 | 17:26:09

Domingos: “Senti a mesma alegria da minha primeira vitória”

Após acidente de graves proporções, bridão brasileiro obteve ontem, na Argentina, a primeira vitória depois do regresso às pistas. Diretamente em prova clássica, com o velocista, Tato Key.


Tato Key e Domingos rumam à vitória no Clásico Emilio Casares (L)

Imagem: Locosdelturf.com.ar

No dia 22 de junho de 2017, nos matinais de San Isidro, Altair Domingos encarou o pior acidente de sua carreira. Na rodada da potranca Givemeone, o pilotou sofreu traumatismo craniano leve, lesões pulmonares, fraturas nas costelas e trauma raquimedular. Não apenas a continuidade da profissão foi posta em xeque, mas também sua saúde. Ontem, mais de 7 meses após o ocorrido,  Domingos virou, por completo, a tensa e crítica página. Com Tato Key, o piloto levantou o Clásico Emilio Casares (L), em La Plata, na primeira vitória obtida desde o seu retorno às competições.

“Quando eu cruzei o disco, senti a mesma alegria que vivi na minha primeira vitória, ainda aprendiz, pilotando um cavalo do (treinador) Beto Feltran, em Curitiba”, relata, por telefone. No lugar de This Is Big – o mencionado animal da vitória de batismo, em 1998 – foi Tato Key quem esteve com o jóquei na escrito de seu recomeço. O velocista do Haras El Alfalfar, filho de Key Deputy e Tatiana Cat (Easing Along), percorreu os 1.100 metros, na pista de areia, de La Plata, na marca de 1:09.69, confirmando seu favoritismo.

“O cavalo é muito bom, muito corredor. Tinha um apronto de 45s para 800 metros... Ele me ajudou muito. Até porque ainda me falta um pouco de preparo. Mas estou trabalhando bastante para retomar a forma ideal, o mais rápido possível”, explica.

Piloto contratado do Haras La Providencia – do brasileiro José Luiz Depieri – Domingos havia voltado a montar no último dia 24 de janeiro. Obteve um terceiro lugar, na ocasião, com Sinigual – da coudelaria há pouco citada. Em duas semanas, voltou a saborear o gosto da vitória, diretamente em prova clássica. A rápida ascensão, todavia, não interfere no estado de espírito do piloto, que no lugar de planos arrojados, por ora, dá lugar, tão somente, a um sentimento de gratidão.

“Depois de tudo o que aconteceu, de todo o apoio que recebi da minha família, estou proibido de pedir qualquer coisa”, brinca. “Eu só tenho a agradecer. Agradecer a tudo e a todos”, arremata.

Mais notícias

Jungle King segue sem conhecer derrota na areia e vence o Clássico Much Better (L)

Corredor do Haras Sweet Carol venceu a melhor corrida da segunda-feira, na Gávea.

Cristal: no desafio dos potros, melhor para Ofir

Filho do nacional Tônemaí rendeu ao Haras Uberlândia o Clássico Presidente Carlos A. Drugg.

Filho de Bonne Rafaela, Fluminense vence allowance em Churchill Downs

Potro do Stud TNT segue no caminho dos stakes.