Jolie Olímpica mantém série de exercícios, nos EUA: “mistério” para a Breeders’ Cup
Mesmo sem correr desde julho, craque brasileira é cotada para o festival máximo norte-americano. Mistério ronda o destino de sua inscrição.
Após abdicar, por duas vezes, de recentes compromissos, para os quais havia sido direcionada, a brasileira Jolie Olímpica segue, em sua rotina de exercícios, na Califórnia – visando, segundo especula-se, o festival da Breeders’ Cup. Pouca ou quase nenhuma definição, porém, se tem quanto à prova do festival, que acolherá sua inscrição.
Nesta sexta-feira (9), a filha de Drosselmeyer passou 800 metros, na raia principal de Santa Anita Park, em pouco mais de 51s. Na semana passada, percorreu 600 metros na marca de 36.60. Dentre publicações da mídia especializada norte-americana, além de contas pessoas de "cronometristas" no Twitter, Jolie Olímpica é cotada como uma provável concorrente da Breeders’ Cup, a ser realizada nos próximos dias 6 e 7 de novembro. Nos textos e posts, porém, constam múltiplas opções para sua inscrição: desde a Turf Sprint (1.100m, grama), passando pela Mile (1.600m, grama) e podendo, inclusive, constar dentre as anotadas para a Filly & Mare Turf (1.900m, grama). Todas provas de G1, sendo que, apenas na última, competiria, exclusivamente, em meio às fêmeas.
Tendo por base a campanha norte-americana de Jolie Olímpica, talvez a opção mais provável corresponda à Turf Sprint. Isso porque foi na distância semelhante de 1.200m, na grama, que a crioula do Stud TNT obteve as suas duas vitórias naquele país: em recorde, no Las Cienegas Stakes (G3) e depois, no Monrovia Stakes (G2). Além disso, a Turf Sprint, também por se tratar de uma criação relativamente recente do festival (foi instituída em 2008), ainda não figura dentre as suas provas mais severas. Nada, é claro, que lhe torne algo fácil de se conquistar.
Na Mile, Jolie Olímpica teria, naturalmente, a incômoda companhia dos machos – dentre os quais, muito provavelmente, Ivar, o brasileiro do Stud Rio Dois irmãos, que se qualificou para a prova, ao vencer a Shadwell Turf Mile (G1), no último final de semana. Páreo que, tradicionalmente, atrai a presença de poderosos representantes do turfe europeu, a Mile em muito se aproxima da distância abordada por Jolie Olímpica, em sua mais recente saída: os 1.700m do Jenny Wiley Stakes (G1), no qual Jolie Olímpica escoltou Rushing Fall, em recorde, no mês de julho, em Keeneland (palco da Breeders’ Cup neste ano).
Há pouco mencionada, Rushing Fall é, dentre outros, um motivo para espantar a inscrição de Jolie Olímpica na prova restante, qual seja a Filly & Mare Turf. Trata-se da melhor égua, em pista de grama, dos Estados Unidos, sendo que, após ter superado Jolie Olímpica, a filha de More Than Ready conquistou o Diana Stakes (G1), em Saratoga. Outra provável inscrita é a excelente Tarnawa, que, no último domingo, venceu o Prix de l’Opera (G1), em Longchamp. Além de encarar uma verdadeira “pedreira”, em ritmo de reaparecimento, Jolie Olimpica precisaria, ainda, abordar uma distância até então desconhecida.
Treinada por Richard Mandella, Jolie Olimpica computa 5 primeiros lugares em 7 saídas. Daqui do Brasil, permanece a expectativa para que esse retrospecto ganhe novos números, dentro de pouco tempo. De preferência, numa prova de Breeders’ Cup.