18 set 2020 | 21:02:53

Pedigree & Black Type: os Ganhadores Clássicos no Brasil - 17ª Edição

Nesta edição: Abu Dhabi e Tanganyka


Abu Dhabi

Imagem: Sylvio Rondinelli/Divulgação JCB

Abu Dhabi – Grande Prêmio Cruzeiro do Sul (G1) – 2.400m/grama – Produtos de 3 anos – Gávea – Criação: Stud Rio Dois Irmãos – Propriedade: Haras das Estrelas

Sempre conferindo, nos páreos de distâncias mais alentadas destinados à geração 2016, Abu Dhabi consagrou sua campanha ao vencer o Derby, anotando nova prova de G1 para o curriculum de Agnes Gold (Sunday Silence e Elizabeth Rose, por Northern Taste). Em campanha, no Japão, Agnes Gold foi à raia por 7 vezes, convertendo 4 delas em vitórias. As principais, em duas listed races.

Após 3 temporadas servindo, como garanhão, naquele país, veio ao Brasil, em 2009. Agnes Gold tem, em Abu Dhabi, seu sétimo produto ganhador de G1. Os outros 6: Ivar, Antonella Baby, Abidjan, Energia Fribby, Silence Is Gold e Mais Que Bonita. 

A mãe de Abu Dhabi foi égua de excelente campanha: Fugazi (Crimson Tide), vencedora dos Grandes Prêmios José Bonifácio Coutinho Nogueira (G2) e José Paulino Nogueira (G3), além de ter obtido um terceiro lugar no GP Diana (G1), vencido por Viva Rafaela. Abu Dhabi é o segundo produto de Fugazi, sendo que a cria subsequente corresponde a The Sister, irmã própria do derby winner, que venceu If Looks Like, na estreia, e já conta com segundo lugar em prova de G3.

Fugazi

Imagem: Paulo Bezerra Jr.

Já a terceira mãe de Abu Dhabi é Dominance (Dark Brown), criada na Argentina, pelo Haras Rosa do Sul, e que aqui obteve 3 vitórias, além de ter sido clássica de listed e G3. Seu principal produto foi Marenostrum, que abandonou o “perdedor” no GP Juliano Martins (G1) e, em Dubai, formou a dupla no UAE Derby (G2). Trata-se da terceira mãe, também, de Souvenir, vencedora de listed e hoje reprodutora no Haras Vale Verde.

No pedigree de Abu Dhabi destaca-se, ainda, o nome da britânica Fallow’s Sister (Worden), que, enviada para a Argentina, produziu ninguém menos que Fain, o craque invicto do Haras Santa Maria de Araras que venceu, dentre outros páreos, o Gran Premio Carlos Pellegrini (G1) de 1986.

Inbreedings de Abu Dhabi: Northern Dancer (4x4). Família 3-j

Tanganyka – Grande Prêmio Zélia Gonzaga Peixoto de Castro (G1) – 2.400m/grama – Potrancas de 3 anos – Criação e propriedade: Carlos dos Santos

Tanganyka

Imagem: Sylvio Rondinelli/Divulgação JCB

Responsável por tirar a tríplice coroa de Mais Que Bonita, Tanganyka marcou mais um ponto de graduação máxima para Midshipman (Unbridled’s Song e Fleet Lady, por Avenue of Flags). Aos 2 anos, Midshipman venceu a Breeders’ Cup Juvenile (G1) – ocasião na qual derrotou, dentre outros, Pioneeof The Nile – e o Del Mar Futurity (G1), sagrando-se o melhor potro de 2 anos dos Estados Unidos, no respectivo Eclipse Award.

Alojado na seção norte-americana da Darley, Midshipman produziu as boas Princess Warrior e Lady Shipman, vencedoras de G2 e G3, respectivamente. Foi no Brasil, entretanto, que obteve suas primeiras vitórias de graduação máxima, como reprodutor – quando de sua passagem, por aqui, em shuttling realizado no ano de 2015. Além de Tanganyka, produziu a ganhadora do GP João Cecílio Ferraz (G1), Tweet e o ganhador do GP Estado do Rio de Janeiro (G1), Royal Ship, que recentemente estreou, nos Estados Unidos, finalizando em terceiro na Del Mar Mile (G2).

Tanganyka é o primeiro produto de Tazmania (Romarin), ganhadora de 4 corridas, entre Cidade Jardim e Gávea. Tazmania, por sua vez, descente da ótima Taverne (Torrential), que venceu o GP Presidente Hernani Azevedo Silva (G2) e o Clássico Presidente Luiz Oliveira de Barros (L). Antes de Tanganyka, Taverne já havia dado à luz Taksim, vencedor do GP Francisco Eduardo de Paula Machado (G1). Trata-se, portanto, de uma das mais importantes matrizes da criação de Carlos dos Santos.

Taksim

Imagem: Sylvio Rondinelli/Divulgação JCB

A terceira mãe de Tanganyka, Tatushka (Sunny’s Halo), destacou-se por originar Taleban, meio fundista de campanha essencialmente clássica, com vitórias no GP Doutor Frontin (G2) e no Clássico Justiça do Trabalho (L), além de colocações diversas em provas de G1.

Na linha baixa da corredora destaque, ainda, para Kahena (Foxglove), de Roberto Alves de Almeida, a oitava mãe de Tanganyka. Foi ela a ganhadora da versão paulista do GP Diana, em 1947.

Inbreedings de Tanganyka: Mr. Prospector (5X5). Rasmusen Factor em Killaloe. Família 9-g.

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