Pedigree & Black Type: os Ganhadores Clássicos no Brasil - 18ª Edição
Nesta edição: Pimper's Paradise, Perigoosa, Gata Y Flor e Olympic Jhonsnow.
Pimper’s Paradise – Criação e propriedade: Haras Doce Vale
Grande Prêmio Brasil (G1) – 2.400m/grama – Produtos de 4 e mais anos – Gávea
Copa ABCPCC Clássica Matias Machline (G1) – 2.000m/grama – Produtos de 3 e mais anos – Cidade Jardim
Mais destacado animal do turfe brasileiro, em 2020, Pimper’s Paradise rendeu novas vitórias de grande destaque a Put It Back (Honour and Glory e Miss Shoplifter, por Exuberant). Vencedor do River Ridge Stales (G2), Put It Back já conquistou o Troféu Mossoró de Melhor Reprodutor por 3 vezes.
No Brasil, Put It Back produziu 13 ganhadores individuais, de G1, até o momento. Dentre eles, há animais que venceram provas de graduação máxima dos 1.000 aos 2.400 metros. Pimper’s Paradise, depois de Bal A Bali, figura como o segundo animal gerado pelo reprodutor a vencer a prova máxima do turfe nacional.
Pimper’s Paradise descende de Bye Bye Caroline (Royal Academy), de 1 vitória na Gávea e que já havia produzido o ganhador de G2, I Say You Stay. Trata-se de uma filha da icônica Onefortheroad (Ghadeer), excelente corredora e ainda mais histórica enquanto matriz, no legado do Haras Doce Vale. Onefortheroad venceu, em campanha, dentre outras provas, o Grande Prêmio Diana (G1), em São Paulo, tendo se revelado múltipla produtora (incluindo os G1 winners, Ay Caramba, Éissoaí e Flymetothemoon) e avó materna de ganhadores clássicos.
Já aposentada, Onefortheroad encerrou sua produção com 27% de produção clássica, sendo que seus 3 ganhadores black type obtiveram sucesso, justamente, em provas de G1. Além disso, 37% de suas filhas geraram ganhadores individuais de G1. Ao todo, há 8 ganhadores individuais de G1 que contam com Onefortheroad em alguma altura de seu pedigree.
A terceira mãe de Pimper’s Paradise é outra fortaleza da criação nacional: Court Lady (Locris), a exemplo de Onefortheroad uma múltipla ganhadora clássica, incluindo o Grande Prêmio OSAF (G1), múltipla produtora clássica (dentre aqueles que venceram G1, além de Onefortheroad, produziu Runforthedoe) e avó materna de diversos elementos clássicos, no Brasil e no exterior.
Importada na década de 1970, da Inglaterra, pelo Haras Sideral, a irlandesa Redbrick (Crepello) representa a gênese dessa poderosa vertente “abrasileirada” da aludida linha materna. Trata-se de uma neta de Rosalba (Court Martial), que venceu os Coronation Stakes (G1) e Queen Elizabeth II Stakes (G1).
Inbreedings de Pimper’s Paradise: Northern Dancer (4x5) e Lyphard (5x4). Família 26.
Perigoosa – Criação e propriedade: Haras Doce Vale
Grande Prêmio Roberto e Nelson Grimaldi Seabra (G1) – 2.000m/grama – Éguas de 4 e mais anos – Gávea
Campeã do Brasil das Éguas, Perigoosa expandiu, ainda mais, o histórico vitorioso de Public Purse (Private Account e Prodigious, por Pharly), que trouxe ao Brasil um retrospecto de 7 vitórias em 14 corridas. Destaque, dentre seus êxitos, para aqueles conquistados nos San Marco Handicap (G2), no Prix Maurice de Nieuil (G2) e no Jean de Chaudenay (G2), além de ter obtido um terceiro na Dubai World Cup.
Com sua primeira geração nascendo em 2003 e a última em 2016, Public Purse revelou 10 ganhadores individuais de graduação máxima. Atualmente em Hong Kong, Cash do Jaguarete talvez tenha sido seu mais destacado produto, o que ocorreu, diga-se, sob brava concorrência: nessa lista constam, ainda, nomes como os de Celtic Princess e Aerosol – este último que hoje milita, na reprodução, ao lado de Alcorano e Holding Glory, outros chamarizes da produção de Public Purse.
Perigoosa é filha de I’m A Lady (Wild Event), de 1 vitória na Gávea e que, a exemplo de Bye Bye Caroline tem como mãe Onefortheroad (vide acima). Perigoosa é seu primeiro produto clássico.
Inbreedings de Perigoosa: Lyphard (4x4) e Northern Dancer (5x5x5). Família 26.
Olympic Jhonsnow – Criação e propriedade: Haras Regina
Grande Prêmio Presidente da República (G1) – 1.600m/grama – Produtos de 3 e mais anos – Gávea
Do perdedor a um “show” na Milha Internacional, no intervalo de apenas 1 corrida, Olympic Jhonsnow tornou, ainda mais incríveis, os números de Agnes Gold (Sunday Silence e Elizabeth Rose, por Northern Taste). Em campanha, no Japão, Agnes Gold foi à raia por 7 vezes, convertendo 4 delas em vitórias. As principais, em duas listed races.
Após 3 temporadas servindo, como garanhão, naquele país, veio ao Brasil, em 2009. Agnes Gold tem, em Olympic Jhonsnow seu oitavo produto ganhador de G1. Os outros 7: Abu Dhabi, Antonella Baby, Abidjan, Energia Fribby, Silence Is Gold, Mais Que Bonita e Ivar – este, nada mais, nada menos, do que o mais recente ganhador da Shadwell Mile (G1) e que competirá, dentre os favoritos, na Breeders’ Cup Mile (G1) do próximo mês de novembro.
A mãe de Olympic Jhonsnow, Je Suis Belle (Crimson Tide), obteve 3 vitórias na Gávea e foi negritada ao finalizar, em terceiro, em listed. Antes de Olympic Jhonsnow, já havia dado à luz Olympic India, vencedora da Copa Japão de Turfe (G3), em Cidade Jardim.
A segunda mãe de Olympic Jhonsnow, Ascot Belle (Falcon Jet) foi um dos bons valores da geração feminina de 1999, na Gávea, onde conquistou os Clássicos Octavio Dupont (L) e Armando Rodrigues Carneiro (L). Na reprodução, logo em sua primeira cria, originou a excelente Here To Win, uma múltipla produtora de G1, na África do Sul, e ganhadora de G3 nos Estados Unidos. Como matriz, Here To Win revelou Satono Walkure, que venceu prova de G2 no Japão.
Importada dos Estados Unidos, pelo Haras Santa Ana do Rio Grande, a terceira mãe de Olympic Jhonsnow, Indian Blossom (Fred Astaire) desenvolveu campanha de bom padrão, com 6 vitórias e um segundo lugar no Grande Prêmio OSAF (G1), na Gávea. A quarta mãe, Floral Blossom (Diplomat Way), destacou-se pelo múltiplo ganhador graduado – e mais de US$ 900 mil em prêmios – Exclusive Partner.
Inbreedings de Olympic Jhonsnow: Northern Dancer (4x4). Família 20.
Gata Y Flor – Criação: Haras Niju – Propriedade: Coudelaria Esmeralda
Grande Prêmio Major Suckow (G1) – 1.000m/grama – Produtos de 3 e mais anos – Gávea
Velocista de excelentes recursos, Gata Y Flor revela-se enquanto outra destacada fêmea de Forestry (Storm Cat e Shared Interest, por Pleasant Colony), dono de 7 primeiros lugares em 11 saídas, nos Estados Unidos. Seu êxito de maior destaque ocorreu por conta do King’s Bishop Stakes (G1), em Saratoga, aos 3 anos. Filho de uma ganhadora de G1, que também produziu a ganhadora da Breeders’ Cup Juvenile Fillies (G1), Cash Run, Forestry foi levado à reprodução, no ano 2000.
Nos Estados Unidos, Forestry tornou-se múltiplo produtor de graduação máxima, incluindo – os atualmente reprodutores – Shackleford e Discreet Cat. Como avô materno, consta nos pedigrees, dentre outros, do vencedor do Kentucky Derby (G1), Nyquist, e da atua melhor égua de grama dos Estados Unidos, a múltipla ganhadora de G1, Rushing Fall. Forestry foi adquirido, em definitivo, por criadores brasileiros, no ano de 2014. Além de Gata Y Flor, aqui produziu a ganhadora de G1 Hembra e os ganhadores clássicos, exportados, Wind of Change, Orpheus, Na Balada e Itaperuna, além dos arenáticos Royal Forestry e Love You More.
Mãe de Gata Y Flor, Todas As Flores (Roi Normand) foi, a exemplo da ilustre filha, uma sprinter de grandes qualidades. Venceu, em Cidade Jardim, o GP Independência (G3) e além de Gata Y Flor produziu Principessa Capri, por sua vez mãe do invicto Filo Di Arianna. Avó materna de Gata Y Flor, Maravilhas (Clever Trick) foi matriz das mais profícuas. Além de Todas As Flores, originou outros dois ganhadores clássicos, de velocidade. Eletro Nuclear conquistou o GP Proclamação da República (G2) e, na Argentina, formou a dupla no GP Felix de Alzaga Unzué (G1). Cores do Céu, além de vencer listed no quilômetro paulista, produziu a ganhadora de G1, Cores do Brasil, e outro vencedor do já mencionado GP Proclamação da República (G2): Armas e Flores.
A quinta mãe de Gata Y Flor, Zonely (Round Table), destacou-se como genitora de Victory Zone, vencedor do Hollywood Derby (G1).
Inbreedings de Gata Y Flor: Nearctic (5x5) e Bold Ruler (5x5). Família 5-h.