12 dez 2021 | 05:12:34

Pellegrini 2021: genética brasileira em evidência; Village King obtém consagração

No festival máximo argentino, duas das quatro provas de G1 foram vencidas por produtos de éguas brasileiras. Na prova clímax, um passeio de Village King.


Filha da brasileira Delambre, Didia venceu a Copa de Plata (G1) de ponta a ponta e em recorde

Imagem: Divulgação San Isidro

No sábado (11), em San Isidro, foi realizado o festival máximo do turfe argentino. Em mais de uma prova de G1 da programação, estiveram em evidência a genética e a criação brasileiras.

Prova destinada às éguas, a Copa de Plata – Roberto Vasquez Mansilla (G1), em 2.000m na raia de grama, marcou uma exibição espetacular de Didia, que venceu em novo recorde (1:56.81) para os dois quilômetros na relva, em San Isidro. A ganhadora é uma filha da brasileira Delambre, enquanto a segunda colocada, Justify My Love, foi criada no Brasil, pelo Stud Rio Dois Irmãos – quem detém sua propriedade.

Conduzida por William Pereyra, Didia levou a melhor de ponta a ponta, dando-se ao luxo de vencer por 4 corpos. Justify My Love, confirmando o ótimo retrospecto, ficou com a segunda colocação, após correr nas proximidades dos primeiros postos. Justify My Love descende de uma das mais contundentes linhas do Haras São José & Expedictus: a quarta mãe, Go Jolie, é uma irmã própria do super craque Itajara.

Treinada por Luciano Cerutti, Didia (Orpen) conquistou a 4ª vitória em 7 corridas, com destaque, ainda, para seu êxito no Gran Premio Enrique Acebal (G1). Sua mãe, Delambre (Rainbow Corner), foi criada pelo Haras Campestre, tendo, em campanha, escoltado Anuarzito no GP ABCPCC (G1), na Gávea.

Já no Gran Premio Joaquin S. de Anchorena (G1), em 1.600m na raia de grama, Zillion Stars fez com que sua mãe, a brasileira Etoile Blanc, ingressasse no seleto rol de matrizes com 3 filhos ganhadores de G1.

Recebendo condução excelente de Wilson Moreyra, Zillion Stars fez das balizas internas sua trilha para a vitória. Encontrando passagem providencial, a 300 metros para o disco, o tordilho suportou a forte carga de Hiper Happy, do Haras La Providencia (da família brasileira Depieri). No disco, Zillion Stars garantiu ½ cabeça sobre o oponente, em final dramático.

Filho de Cityscape (pai, também, do 2º colocado), Zillion Stars é um 4 anos, de criação do Haras Phalaris e propriedade da Caballeriza Tinta Roja. Treinado por Jorge Mayanksi, conquistou, no ato, o 4º êxito em 9 corridas. Sua mãe, Etoile Blanc (Nedawi), foi criada pela Fazenda Mondesir, tendo, em campanha, vencido prova de G3, em Cidade Jardim. Na reprodução, já havia revelado Ohio, ganhador de G1 nos Estados Unidos, e Zodiacal, por sua vez vitorioso no GP Jockey Club (G1), na Argentina, em 2021. Trata-se, a exemplo do caso de Jusitfy My Love, mencionada acima, de linha materna egressa da criação Paula Machado.

No momento mais aguardado do dia, Village King, 7 anos, filho de Campanologist e Villard (Pleasant Tap), criado na seção argentina do Haras Santa Maria de Araras e pertencente ao Haras El Angel de Venecia, levantou o Gran Premio Carlos Pellegrini (G1), em 2.400m na raia de grama, para animais de 3 e mais anos.

Em condução de Martin Valle, Village King ingressou no tiro direto “engolindo” seus adversários. Não obstante, esmagou a tropa, na vitória mais impressionante de toda a sua campanha. O sempre presente Miriñaque formou a dupla, a 9 corpos, sendo que tanto ele quanto o próprio Village King são animais que contam com passagens pelo turfe norte-americano. Treinado por Juan Etchechoury, obteve a 9ª vitória (a 4ª de G1) em 20 corridas.

Por fim, no embate dos velocistas, o melhor sprinter argentino da atualidade, Luthier Blues, 4 anos, filho de Les Blues e House Rules (Housebuster), de criação do Haras El Paraíso e propriedade da Caballeriza Kirby’s, venceu o Gran Premio Felix de Alzaga Unzué (G1), em 1.000m na raia de grama.

Montaria de Brian Enrique, derrotou a também ganhadora de G1, Queen Liz, por 1 corpo e ½. Treinado por Gonzalo Sarno, completou o quilômetro em 54.81.

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