Pesquisa sugere predisposição genética, de equinos atletas, à ocorrência de acidentes graves
Estudo da Universidade do Kentucky identificou 3 genes, com diferentes níveis de atividade, entre atletas saudáveis e atletas severamente lesionados.
Um estudo realizado na Universidade do Kentucky identificou possível predisposição genética, de equinos atletas, para acidentes fatais. O fato foi divulgado por Eric Mitchell, no website da Blood Horse.
A partir de um grupo inicial de 21 genes que compõem a codificação de proteínas associadas a inflamações em equinos e humanos atletas, a pesquisa, coordenada pelo Maxwell H. Gluck Equine Research Center (vinculado à Universidade do Kentucky), apontou 3 desses genes como apresentando grande variação entre animais saudáveis e lesionados, em período pós-competição.
O projeto demandou a coleta e análise de 686 amostras sanguíneas, de animais submetidos a atividades atléticas intensas, obtidas em hipódromos de 5 estados norte-americanos diferentes – sendo 107 amostras de animais vítimas de acidentes catastróficos e 579 de animais saudáveis.
Colocadas em padrão de comparação, as referidas amostras indicaram discrepância em relação a 3 genes específicos: IGF1 (insulina-1), IL1RN (interleucina-1) e MMP2 (matriz metaloproteinase-2). Enquanto a insulina-1 e a matriz metaloproteinase-2 – ambas relacionadas a processos inflamatórios – acusam aumento de evidência nas amostras de atletas lesionados, a interleucina-1, vinculada a funções anti-inflamatórias, por outro lado, manifesta-se em baixos níveis, nas amostras daquele grupo.
Ou seja, uma baixa atividade da interleucina-1, identificada em momento anterior à competição, poderia significar uma predisposição inflamatória do organismo daquele equino.
“Trata-se de um reflexo da resposta anti-inflamatória (do organismo). Quando marcadores anti-inflamatórios diminuem (mas os genes, relacionados a proteínas inflamatórias permanecem presentes), isso também pode ser um sinal de inflamação crônica”, declarou Allen Page, um dos coautores do estudo.
As primeiras estimativas sobre o custo de um exame sanguíneo, a ser a desenvolvido para identificar, previamente, a predisposição genética de animais a acidentes de alta gravidade, indicam valores entre US$ 60 a US$ 85.
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