Relação entre produtos registrados, corridos e exportados: números e ponderações
Levantamento reúne dados, referentes à criação brasileira e sua atuação nas pistas, desde o ano 2000.
Nas últimas semanas, o Stud Book Brasileiro realizou levantamento sobre o número anual de nascimentos (registrados) de animais PSI e a quantidade de produtos efetivamente corridos, em cada geração, nos hipódromos brasileiros. Os números são compilados desde a geração nascida no ano 2000.
Os números que compõem o levantamento encontram-se a seguir (também disponíveis clicando aqui):
Em relação aos números contidos na tabela, tecem-se os comentários:
- A última coluna, contendo percentuais, indica a relação estabelecida entre número de animais registrados por ano e o número de animais efetivamente corridos, de cada geração (percentual de animais estreados, portanto)
- De 2000 a 2010, a relação entre (a) número de nascimentos e (b) os números de animais corridos e animais exportados, indicavam uma média constante de, aproximadamente, 70%:
- De 2011 A 2016 (última geração com 4 anos completos), a mesma relação estabelecida no item anterior, indica uma média constante de, aproximadamente, 65%:
- Da geração nascida no ano 2000 até o início da década seguinte, percebe-se um equilíbrio entre o número de animais corridos em Cidade Jardim e na Gávea. Após isso, há desequilíbrio em favor da Gávea (mais animais corridos em relação a Cidade Jardim), sendo causas possíveis (a) o fator premiação (valores e adimplência constante) e (b) a redução do número de criadores PSI sediados em SP
- O mesmo comparativo estabelecido entre Cristal e Tarumã acusa vantagem para o Tarumã, durante a primeira década do século, sendo que, com o fechamento do hipódromo paranaense (de 2014 a 2016), os números inveteram-se em favor do Cristal. O número de animais corridos mantém-se maior, no hipódromo gaúcho, sendo causa possível, dessa manutenção, a maior frequência de reuniões por mês
- Tanto em números absolutos (comparação com o total de produtos registrados) quanto em números relativos (comparação com o total de produtos corridos), percebe-se que os percentuais perdidos de animais por Cidade Jardim, entre 2010 e 2016, foram absorvidos apenas parcialmente (aproximadamente 50%) pela Gávea, razão pela qual é inviável considerar que o contingente perdido, na experiência paulista, deslocou-se integralmente, ou em sua absoluta maior parte, para o Rio de Janeiro
- Tanto em números absolutos (comparação com o total de produtos registrados) quanto em números relativos (comparação com o total de produtos corridos), os percentuais de representatividade de Cristal e Tarumã mantém-se estáveis desde o ano 2000, sendo perceptível, na experiência paranaense, a influência do fechamento do Jockey Club do Paraná, para a afetação das gerações nascidas a partir do final da primeira década
- Em termos gerais (números absolutos de produtos registrados), na primeira década do século (gerações nascidas entre 2000 e 2010), o percentual de animais estreados, por geração, apresentou redução de 1,6%. Já de 2011 a 2016, houve queda de 3,8% - mais que o dobro, portanto, num intervalo de tempo menor
- Em relação ao item anterior, possíveis causas da redução do número de animais corridos: (i) a estabilidade das exportações versus queda no número de registros; (ii) estabilidade e/ou aumento no número de animais direcionados a canchas retas e hipódromos que não realizam comunicação de atuações ao Stud Book Brasileiro
- Os números acima refletem informações oficiais repassadas, pelos hipódromos oficiais, ao Stud Book Brasileiro, bem como animais registados no Stud Book Brasileiro