10 jan 2019 | 11:30:41

Exportada para o Japão, Touriga reforça genética brasileira em solo oriental

Vendida pela Fazenda Mondesir no Leilão da Criação Nacional ABCPCC em 2017, filha de Put It Back representa nova exportação de uma fêmea brasileira para o pujante turfe japonês.


Touriga firmou-se como líder, entre as potrancas, na Gávea.

Imagem: Sylvio Rondinelli/Divulgação JCB

País de turfe pujante cujos investimentos e sofisticação começam a ser notados e incorporados por algumas das principais potências do exporte, ao redor do mundo, o Japão passa a contar, pouco a pouco, com um bocado da genética brasileira. Objeto da exportação mais recente para aquele destino, Touriga despede-se do Brasil na condição de líder, entre as fêmeas, de geração 2015, na Gávea.

Filha de Put It Back e Just Perfect (Nugget Point), Touriga foi criada pela Fazenda Mondesir e restou adquirida pelo Haras Dilema no Leilão da Criação Nacional ABCPCC 2017. Em 5 saídas na Gávea, obteve 3 vitórias, incluindo o GP Margarida Polak Lara – Taça de Prata (gr.I) e o GP Rocha Faria (gr.II) – este último marcou sua despedida das pistas brasileiras. Seu novo proprietário, Takasshi Kodama, é treinador e se encontra radicado na Irlanda. O destino de Touriga, ainda assim, é o Japão.

Além do notável poderio locomotor de Touriga, chama atenção, também, a linha materna da qual descende. A segunda mãe, Griffe de Paris (Telescopio), foi uma das principais gemas da criação Equilia. Além de ter vencido o Grande Prêmio OSAF (gr.I), em Cidade Jardim, destacou-se enquanto destacada reprodutora. Dela descendem diversos ganhadores clássicos, incluindo a vencedora da Taça de Prata (gr.I), Lady de Paris, e o múltiplo ganhador de G1, entre Estados Unidos e Argentina (onde serve, atualmente, como garanhão), Global Hunter.

Em meados do ano passado, sucedeu a exportação de Touriga, a negociação envolvendo Veuve Fourny (Christine’s Outlaw). A ganhadora do Grande Prêmio OSAF (gr.I), de criação do Haras Garcêz Castellano, também foi adquirida por proprietários japoneses, tendo seguido viagem para os Estados Unidos, antes de alcançar seu destino final. Em 2016, Esfinge (Wild Event), que venceu o GP Barão de Piracicaba (gr.I), na capital paulista, igualmente foi embarcada rumo ao país nipônico.

Enquanto alimentam-se as expectativas em torno das exportações mencionadas acima, por bem da verdade já há, no turfe japonês, resultados de expressão com um toque de genética brasileira. No último mês de dezembro, a potranca Danon Fantasy (Deep Impact), que tem na brasileira, Doubt Fire (Ski Champ) – outro bom valor da criação Mondesir – sua segunda mãe, venceu o Hanshin Juvenile Fillies (gr.I). Antes dela, ainda em 2018, Satono Walkure, uma Deep Impact na brasileira Here To Win (Roi Normand), conquistou o Sankei Sports Sho Flora Stakes (gr.II).

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