07 jul 2020 | 20:08:58

Pedigree & Black Type: os Ganhadores Clássicos no Brasil - 12ª Edição

Nesta edição: Avião Sureño, Campelanda e Jack Up


Avião Sureño – Criação: Haras Old Friends – Propriedade: Neverending Stud

Avião Sureño

Imagem: Porfírio Menezes/Divulgação JCSP

Grande Prêmio Presidente Raphael Aguar Paes de Barros (G3) – 2.400m/grama – Produtos de 3 e mais anos – Cidade Jardim

Reencontrando o caminho das vitórias, Avião Sureño conquistou novo êxito clássico, em meio aos fundistas de Cidade Jardim. Trata-se de um filho de First American (Quiet American e In Jubilation, por Isgala), que por sua vez desenvolveu campanha nos Estados Unidos, onde venceu, dentre outras provas, o Flamingo Stakes (G3). No Brasil, First American foi capaz de gerar ganhadores clássicos dos 1.000 aos 3.000 metros. Múltiplo ganhador de G1, incluindo o GP São Paulo, e atualmente reprodutor (pai de black type winner), Timeo talvez tenha sido o principal expoente de sua produção. Além dos filhos e filhas, First American – desaparecido em 2017 – vem revelando-se eficiente avô materno, como, por exemplo, dos ganhadores de G1 Braço Forte e Silence Is Gold.

Rafaga Sureña

Imagem: Porfírio Menezes

A mãe de Avião Sureño, Notável Sureña (Redattore), foi corredora de 3 vitórias, em Cidade Jardim, tendo demonstrado dotes de arenática de alto nível. Venceu o tradicional GP 25 de Janeiro (G2), além do Clássico Donética (L). Na reprodução, também produziu Bien Sureño, que dentre outras colocações, escoltou Não Da Mais no GP Juliano Martins (G1).

Já a terceira mãe do corredor é a argentina Rafaga Sureña (Just in Case), emblemática corredora do Haras Rosa do Sul, ganhadora clássica dos 1.000 aos 2.400 metros, incluindo vitória conquistada no GP São Paulo (G1) de 1996. Ragafa Sureña é filha da também múltipla ganhadora clássica, na Argentina, Hallada (Dark Brown), por sua vez irmã materna do ganhador de G1 e reprodutor, Leger Cat.

Inbreedings de Avião Sureño: Mr. Prospector (4x5), Dr. Fager (4x5) e Raise A Native (5x5) – Família 8-g.

Campelanda – Criação: Haras Santa Rita da Serra – Propriedade: Haras Rio Iguassu/Stud My Hero Dad

Campelanda

Imagem: Porfírio Menezes/Divulgação JCSP

GP Presidente José Cerquinho de Assumpção (G3) – 1.600m/grama – Produtos de 3 e mais anos – Cidade Jardim

Animal que já havia, em sua primeira campanha, aos 3 anos, se tornado ganhador clássico na raia de areia, Campelanda veio a confirmar seus dotes clássicos, também, no gramado. Seu pai, Midshipman (Unbridled’s Song e Fleet Lady, por Avenue of Flags), visitou o Brasil, em shuttling, no ano de 2015. Aos 2 anos, Midshipman venceu a Breeders’ Cup Juvenile (G1) – ocasião na qual derrotou, dentre outros, Pioneeof The Nile – e o Del Mar Futurity (G1), sagrando-se o melhor potro de 2 anos dos Estados Unidos, no respectivo Eclipse Award.

Alojado na seção norte-americana da Darley, Midshipman produziu as boas Princess Warrior e Lady Shipman, vencedoras de G2 e G3, respectivamente. Foi no Brasil, entretanto, que obteve suas primeiras vitórias de graduação máxima, como reprodutor. Além das ganhadoras dos GGPP João Cecílio Ferraz (G1) e Zélia Gonzaga Peixoto de Castro (G1), Tweet e Tanganyka, por aqui Midshipman rendeu o excelente Royal Ship, vencedor do GP Estado do Rio de Janeiro (G1) e atualmente ocupando lugar no barn de Richard Mandella, na Califórnia.

Berlino di Tiger

Imagem: Churchill Downs

A genitora de Campelanda é Rainha da Bateria (Torrential), cuja produção destaca-se, também, por Berlino di Tiger. Múltiplo ganhador clássico, no Brasil – incluindo o Grande Prêmio ABCPCC (G1), em Cidade Jardim – o velocista, ao ser exportado para os Estados Unidos, lá se tornou nosso primeiro animal a vencer prova de grupo na distância de 1.000 metros, qual tenha sido o Turf Sprint Stakes (G3), disputado no derby day de Churchill Downs.

Rainha da Bateria descende da velocista, de 6 vitórias, Gigi da Mangueira (Shinning Steel), que por sua vez também originou Sicilia, que conquistou o mesmo número de vitórias da mãe, com destaque para o Clássico Presidente Presidente Waldyr Prudente de Toledo (L). Gigi da Mangueira é filha de Carnavalesca (Kennmare), uma francesa importada pelo Haras Santa Rita da Serra, no início da década de 1990, que também produziu Abre Alas, dono de colocações, em provas black type, nos Estados Unidos.

Inbreedings de Campelanda: Mr. Prospector (5x4) e Killaloe (5x3) – Família 3-c.

Jack Up – Criação: Haras Palmerini – Propriedade: Stud Galope

Jack Up

Imagem: Porfírio Menezes/Divulgação JCSP

GP Presidente Waldyr Prudente de Toledo (G3) – 1.000m/grama – Produtos de 3 e mais anos – Cidade Jardim

Com campanha direcionada à velocidade, Jack Up conquistou seu batismo clássico e colocou em destaque o nome de Salto (Pivotal e Danzigaway, por Danehill), chegado ao Brasil logo após encerrar sua campanha, em 2014. Nas pistas, Salto obteve 4 vitórias em 22 saídas desempenhadas entre Estados Unidos e Europa.

Colocado em diversas provas clássicas, Salto escoltou nosso conhecido Roderic O’Connor no Criterium International (G1), em solo francês, e na América finalizou em quarto para Point of Entry e Animal Kingdom, respectivamente primeiro e segundo colocados, no Gulfstream Park Turf Handicap (G1). Ele é um irmão materno de Silent Name (Sunday Silence), que em sua bem sucedida passagem pela criação brasileira revelou, dentre outros, o ganhador do GP São Paulo (G1) Jaspion Silent.

Na linha baixa de Jack Up, chama atenção sua terceira mãe, Coyaima (Night Shift), uma alemã nascida nos anos 90, que venceu listed no país natal. A produtora de Coyaima, Comprida (Windwurf), venceu versões germânicas do 1000 Guineas (G2) e do Oaks (G2), tendo sido eleita melhor potranca de 3 anos, na Alemanha, em 1986. Comprida revelou-se, na reprodução, múltipla produtora clássica, em seu país, figurando, também, como avó materna e 3ª mãe de diversos corredores clássicos.

Inbreedings de Jack Up: Northern Dancer (5x5) e Bold Ruler (5x5) – Família 4-f.


por Victor Corrêa

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