29 jan 2025 | 18:49:36

White Abarrio, a Pegasus e um futuro indefinido para Gulfstream Park

Corrida milionária disputada no principal hipódromo da Florida foi disputada (e, brilhantemente, vencida, por seu favorito) poucos dias após movimentações nos bastidores colocarem em xeque o futuro das corridas, no local.


White Abarrio: herói de dias incertos, em Gulfstream Park.

Imagem: Gulfstream Park Divulgação

Quando instituída, no ano de 2017, a Pegasus World Cup (G1) agitou o turfe internacional, uma vez que apresentava um modelo novo e arrojado, em termos de inscrições (interessados poderiam adquirir uma "vaga" no partidor e, além das premiações, participarem de receitas diversas atreladas à prova) e premiações. Oito anos depois, com a bolsa da prova reduzida de US$ 12 milhões para US$ 3 milhões e apresentando, atualmente, um sistema de inscrições regular, que não mais é realizado em seus padrões originais, a Pegasus, ainda assim, representa uma data importante, para as corridas de Gulfstream Park.

No último sábado (25), o páreo foi brilhantemente vencido por White Abarrio, um tordilho de altos e baixos, que demonstrou encontrar-se, novamente, no topo de sua capacidade locomotora (replay abaixo). O filho de Race Day e Catching Diamonds (Into Mischief), que foi conduzido por Irad Ortiz Jr., é treinado, atualmente, por Saffie Joseph Jr. (justamente o responsável por seu treinamento, antes da transferência do corredor para as cocheiras de Richard Dutrow Jr., sob os cuidados de quem conquistou, dentre outros páreos, a Breeders' Cup Classic [G1] de 2023).

Do lado de fora das pistas, todavia, a comunidade turfística atrelada a Gulfstream Park viveu dias de apreensão, à medida que informações relativas ao futuro do hipódromo restaram, publicamente, divulgadas. Tudo à luz, inclusive, de um quente debate legislativo, que vai de encontro ao beneficiamento das corridas de Gulfstream Park, junto às receitas do cassino que ali opera.

Movimenta-se, na casa legislativa da Flórida, um projeto de lei que desvincularia a realização de corridas de cavalo para a obtenção de licenças necessárias à exploração de cassinos - o que, naturalmente, faria com que deixasse de haver o fomento obrigatório, dos exploradores de cassinos, para com o turfe local. Incluindo-se, aí, Gulfstream Park.

Em paralelo, Keith Brackpool, executivo do The Stronach Group (o qual detém a propriedade de Gulfstream Park), afirmou, em evento, que o The Stronach Group se comprometeria a manter as corridas no Gulfstream, até pelo menos, o ano 2028, na hipótese de aprovação do referido projeto de lei. Caso contrário, nem mesmo se garantiria a realização das corridas, pelos "prometidos" próximos 3 anos.

Atualmente, a lei vigente exige que Gulfstream Park realize corridas ao vivo para operar seu cassino, com uma parte da receita, obtida a partir da exploração das máquinas e jogos, sendo destinada às premiações. O projeto de lei HB 105, apresentado em 6 de janeiro de 2025, eliminaria a exigência da realização de corridas - e, por consequência, da destinação de recursos ao pagamento dos seus prêmios.

As declarações de Brackpool foram formalizadas, inclusive, numa carta (à qual teve acesso à redação do Thoroughbred Daily News, conforme reportagem assinada por Dan Ross, no último dia 24 de janeiro) enviada à Associação de Criadores e Proprietários da Flórida (FTBOA), na qual Brackpool reforçou que, sem a aprovação da lei, não haveria garantias sobre o futuro das corridas.

De acordo com recentes informações divulgadas pela Florida Thoroughbred Horsemen’s Association (FTHA), a entidade já esteve reunida, para debate do assunto. Segundo o divulgado pela entidade, todas as discussões tidas pela FTHA junto a Gulfstream Park, até o momento, basearam-se na continuidade das corridas, e não no fechamento do Gulfstream Park, com ou sem a desvinculação do licenciamento de cassinos.

A FTHA afirma, ainda, que já estabeleceu contato com o Gulfstream Park, novamente, para dar continuidade ao diálogo. A organização planeja realizar outra reunião geral em breve.

 

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