31 maio 2017 | 17:21:24

Conferência Pan-Americana: destaques e vídeos

Evento realizado em Washington entre os dias 17 e 19 de maio abordou importantes temas da indústria turfística mundial


Do treinamento ao marketing: temas de relevância na indústria turfística ganharam espaço nos painéis do evento

Imagem: Pan American Conference

Com a pauta dedicada aos mais diversos setores da indústria turfística internacional, a II Conferência Pan-Americana de Turfe foi realizada entre os últimos dias 17 e 19 de maio no Hotel Grand Hyatt, em Washington. Promovido conjuntamente pelo The Jockey Club (EUA) e Latin American Racing Chanel – sem prejuízo do apoio do Stronach Group - o evento reuniu mais de 400 representantes de diferentes segmentos, e países, relacionados ao turfe pan-americano.

Em apresentação de saudação aos presentes, no dia 18, o presidente do The Jockey Club, Stuart Janney III, destacou a importância do constante desenvolvimento, e unificação, do turfe norte-americano como um todo. Nesse sentido, o dirigente afirmou que o controle interestadual do esporte, com regras e procedimentos próprios, é algo ultrapassado e que merece reavaliação.

No mesmo mote, o congressista republicano do Kentucky, Andy Barr tratou do Horse Integrity Act em seu discurso, que foi o principal da data inaugural do evento. Barr, um dos co-autores do referido projeto de lei, que busca padronizar e unificar o controle antidoping nos Estados Unidos (no sistema vigente cada estado possui as suas próprias regras e procedimentos). Tendo “estacionado” após sua apresentação às casas legislativas norte-americanas, em 2015, o Horse Integrity Act será reintroduzido no congresso dentro de poucas semanas. De acordo com Barr – que voltou a destacar a importância do ato para a imagem e credibilidade do turfe norte-americano.

A Conferência também serviu de palco para um dos mais aguardados painéis de sua programação: a treinadora Criquette Head-Maarek (responsável pela bicampeã do “Arco”, Treve) na companhia dos também treinadores Ignacio Correas e Kenneth McPeek, debateram os desafios que permeiam as viagens, e atuações, dos animais em provas internacionais. O ponto mais sensível foi abordado por Correas (argentino radicado nos Estados Unidos), quando este tratou dos prejuízos acarretados pela quarentena norte-americana a animais provenientes da América do Sul. De acordo com Correas (em opinião corroborada, na sequência, por McPeek), os 7 dias da quarentena, durante os quais o respectivo animal fica obstado de praticar qualquer tipo de exercício, acabam com as chances de um animal treinado na América do Sul, eventualmente, participar de uma prova em solo norte-americano, em paridade de condições.

Quando das exposições de McPeek durante o debate, um momento, em especial, chamou a atenção dos brasileiros. O profissional, de estreita relação junto ao PSI nacional, citou Hard Buck (por ele treinado nos Estados Unidos) como o exemplo de cavalo ideal para competir em provas internacionais. A fácil adaptação do filho de Spend A Buck a diferentes ambientes, e estruturas de competição, aliada a seu notável espírito competitivo, permitiram que Hard Buck rendesse em alto nível em provas como o King George VI & Queen Elizabeth Stakes (gr.I) e a Dubai Sheema Classic (gr.I). Em ambas Hard Buck finalizou nas segundas colocações no ano de 2004.

No final do evento, o foco se deslocou do treinamento para a propriedade de cavalos, e da política para o marketing da atividade. No painel dedicado aos proprietários, alguns destacados representantes da classe, como Carlos Hellers, do Haras Don Alberto, trabalharam, dentre outras questões, a aquisição de garanhões, bem como os desafios e riscos de se manter um animal de alto nível em treinamento na América do Sul.

Em termos de marketing e divulgação das corridas, determinados dados e estatísticas trazidas à baila, se mostraram bastante interessantes e até mesmo surpreenderam a audiência do evento. Segundo o presidente de programação da NBC Sports, Jon Miller, o referido canal televisivo transmite, na grade aberta norte-americana, atualmente, 85 horas de turfe num período de 10 meses. Em 2011 havia apenas 32 horas durante o mesmo prazo referencial.

Jim Lawson (do Woodbine Entertainment Group), por sua vez, direcionou suas considerações para o marketing a ser desenvolvido junto aos públicos mais novos. Segundo Lawson, uma pesquisa encomendada pelo próprio Woodbine Entertainment Group revelou que 78% dos “millenials” – termo que designa as gerações “pós” ano 2000 – prefere gastar suas economias com eventos relacionados ao entretenimento, do que com a aquisição de bens materiais. Deste modo, as corridas de cavalo funcionariam como produto adequado aos anseios de consumo das novas gerações.

Também no dia 19 a superintendente da ABCPCC, Mayra Nouer Frederico, tratou dos avanços deflagrados na América do Sul em termos de política antidoping. A utilização de laboratórios certificados pela Federação Internacional de Autoridades Hípicas (IFHA) para a realização dos exames em participantes de provas black type no continente, a eliminação da furosemida em páreos de G1 disputados entre Brasil, Argentina e Chile e os impactos decorrentes das desclassificações de Don Inc (1º) e Rio Allipen (5º) do GP Longines Latinoamericano (gr.I) de 2016 foram destaques da apresentação da brasileira (a partir do minuto 53 no vídeo abaixo).

Para conferir os vídeos de toda a programação da II Conferência Pan-Americana de Turfe clique aqui.

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